sábado, 19 de abril de 2008

Morre travesti que foi arrastado por mais de 50 metros em Feira de Santana

Hebert ficou bastante machucado, após incidente
Alean Rodrigues, Atarde da Sucursal Feira de Santana
Seis dias depois de ter sido arrastado por uma rua central de Feira de Santana (109 km de Salvador), por dois homens em um carro, o travesti Hebert Pereira da Silva, conhecido como Paulina, 25 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu na madrugada desta sexta-feira, 18, no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
A agressão aconteceu no último sábado, 12. Paulina sofreu diversos ferimentos, principalmente na cabeça e no rosto, além de hematomas por todo o corpo. A causa da morte ainda não foi divulgada.
De acordo com o presidente do Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (Glich), Rafael Carvalho, no dia da agressão Hebert foi levado pelo SAMU 192 para o HGCA, onde foi submetido a vários exames e liberado no final da tarde.
Ele lembra que questionou ao médico, de prenome André, se não era melhor que o amigo ficasse internado, já que sentia várias dores e pouco se movimentava, mas foi informado que não havia necessidade. “O médico me disse que o Hebert não teve nenhuma fratura, apenas estava com ferimentos superficiais e inclusive me apresentou a tomografia que ele havia sido submetido, afirmando que estava tudo bem e que não teria nenhuma seqüela”, lembrou.
Morando na cidade há cerca de 6 meses em companhia da mãe, Hebert ficou fazendo o tratamento em casa e continuava reclamando de dores principalmente nas costelas. Na noite de quinta (17), ele foi levado para o HGCA, com febre alta e dores no tórax. Os médicos o examinaram e detectaram que era preciso uma cirurgia, mas não informaram o motivo. Hebert faleceu antes mesmo de ter sido operado.
A reportagem de A TARDE tentou falar com o diretor do HGCA, Eduardo Leite, mas foi informada de que ele estava viajando e o telefone celular estava na caixa de mensagem.

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