sábado, 13 de dezembro de 2008

PM mata a esposa e depois comete suicídio no CAB


Valmar Hupsel Filho, do A TARDE

Inconformado com o processo de separação, o capitão da Polícia Militar (PM) Antídio Marcelo Oliveira Cunha, 40 anos, atirou contra a companheira, a sargento da PM Adla Michele Dutra Batista, utilizando uma pistola 9mm, e em seguida se matou.

O homicídio seguido de suicídio aconteceu por volta das 13 horas deste sábado, dia 13, dentro do carro de Antídio, um gol preto de placas JPY-0109, que estava estacionado na 3ª Avenida do Centro Administrativo da Bahia (CAB), em frente à Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).

O casal tinha um relacionamento de cinco anos e deixa um filho de dois. Formado em Direito, Antídio estava na polícia há mais de 16 anos e há oito atuava no Departamento de Apoio Logístico (DAL). Ele chegou a exercer o cargo de vice-presidente da Força Invicta – Associação de Oficiais da Polícia Militar da Bahia.

Já a sargento Adla Michele era ligada ao Batalhão de Guardas e trabalhava no Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária (Ipraj). O casal morava no conjunto Bosque Imperial, em São Marcos, próximo ao local do crime.

CRIME – “Foi uma fatalidade. Um caso que, infelizmente, vemos quase todos os dias, mas que hoje envolve colegas de farda”, definiu o major da PM Ricardo Guimarães, da 49ª CIPM (São Cristóvão).

Vigilantes que trabalham na Flem e na sede das Voluntárias Sociais do Estado da Bahia (VSBA) disseram à polícia que o gol preto estava estacionado no local do incidente desde as oito horas da manhã. “Eles desconfiaram de que poderia estar acontecendo um assalto até que ouviram os estampidos”, disse Guimarães.

O coronel Jorge da Silva Ramos, diretor do Departamento de Apoio Logístico (DAL) da PM, onde Antídio era lotado, disse que recebeu a informação de que ele teria matado a mulher e correu para o local. “Não deu tempo, quando estava chegando ao CAB recebi a notícia de que Antídio teria se matado”, completa.

Ramos lembra que há cerca de 20 dias foi procurado pelo capitão, que pedia ajuda para enfrentar a separação. “Ele entrou na minha sala e chorou”, relatou, após lembrar que Antídio vinha sendo assistido pelo psicólogo da corporação. “Tínhamos medo que pudesse acontecer alguma coisa, mas não esta tragédia”, assinala.

Antídio será enterrado no Cemitério Jardim da Saudade e Adla Michele no Campo Santo. Os horários dos sepultamentos não foram divulgados.

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