sábado, 20 de dezembro de 2008

Consumidores mais cautelosos

Adriana Patrocínio, do A TARDE

Mesmo com a empolgação pelo Natal, segunda metade do 13º salário no bolso, promoções e parcelamentos esticados em até 15 vezes, os baianos estão cuidadosos com as compras neste final de ano, por conta da crise econômica. No último sábado antes dos festejos natalinos e dia de muita expectativa para o comércio varejista, muitos consumidores optaram por presentes de valor baixo e pagamento à vista ou em poucas prestações.

A funcionária pública Maria Auxiliadora Cordeiro, por exemplo, não quis deixar de presentear os filhos, irmãs e sobrinhas, porém trocou os produtos caros por pequenas lembranças. No Centro da cidade, ela encheu as sacolas com muitas bijuterias e sandálias, compradas em um camelô por R$ 5 o par. “A crise me deixou este ano muito mais responsável e consciente em relação ao consumo. Coloquei a maior parte do 13º na poupança, deixei um pouco para pagar contas e estou comprando com as economias. Essa história de Lula de que a crise não chegou por aqui é conversa. Está tudo mais caro e a instabilidade é grande”, disparou. “O importante é as pessoas saberem que lembramos delas, mesmo com presentes simples”, completou.

No shopping Iguatemi, o casal de aposentados Adelina e Francisco Cardoso pechinchou até conseguir um desconto que valesse a pena levar a máquina de lavar à vista. “Ficou mais de
R$ 100 mais barato que o valor inicial. Além da vantagem do desconto, nos livramos do financiamento nesse momento de incertezas na economia”, comentou Francisco.

A enfermeira Joana Figueiras escolheu um celular considerado simples, de R$ 199. “Não podia pagar à vista e não queria me comprometer com mais de quatro parcelas”, falou.

Já a professora Ana Sampaio optou por parcelar a tão sonhada TV LCD em dez vezes, com prestações de R$ 549. “Eu dou Graças a Deus por poder parcelar em várias vezes, senão não teria conseguido muita coisa que tenho hoje”, declarou. Ela contou que pretende guardar parte do décimo para quitar algumas prestações, “mas às vezes surgem imprevistos e temos que fazer malabarismos para pagar as contas”.

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