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O R7 teve acesso ao documento do MP, que concluiu que o ex-comandante e PMs do GAT (Grupamento de Ações Táticas) do 7º BPM recebiam mensalmente dinheiro de traficantes da favela da Coruja para não reprimir a venda de drogas na comunidade. Segundo investigações, o esquema de corrupção movimentava até R$ 160 mil por mês. O oficial assumiu o comando da unidade em setembro do ano passado com a missão de moralizar o batalhão após a prisão do tenente-coronel Cláudio Oliveira, acusado de ser o mandante doassassinato da juíza Patrícia Acioli.
Um dia antes de o coronel ser preso pela primeira vez sob a suspeita receber propina de traficantes, Chacal foi supostamente morto em confronto com policiais militares durante uma operação do 7º BPM no morro da Coruja. Na época, a morte entrou na conta de autos de resistência do batalhão.
No entanto, exames feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) e depoimentos colhidos por agentes da Delegacia de Neves (73ª DP) mostram que Chacal foi assassinado. De acordo com a denúncia da Promotoria, a morte do criminoso ajudaria a afastar as suspeitas de envolvimento do ex-comandante com traficantes da região.
Em depoimento, parentes do traficante confirmaram que Chacal fazia o pagamento de propina a PMs a mando do chefe do tráfico do morro da Coruja, o Gaguinho. Familiares e outras testemunhas também disseram que o criminoso tinha medo de morrer por causa de seu envolvimento no esquema comandado por Djalma Beltrami.
As testemunhas contam que o traficante estava desarmado quando PMs do 7º BPM invadiram a casa dele:
“Raphael [Chacal] foi deitado no chão de barriga para baixo, com as mãos para trás, e um deles pisou na cabeça de Raphael; as mulheres ficaram nervosas e pediram para soltar ele. Em certo momento, Raphael perdeu sua bermuda e ficou pelado. Os vizinhos comentaram que ouviram os policiais falando ‘e aí Comando, estamos com o garoto aqui’”
A perícia realizada após a morte de Chacal comprova a versão das testemunhas e dos familiares:
“Que chegando no local constatou que o mesmo não estava preservado, uma vez que não foram encontrados estojos de fuzis nem a arma utilizada pelo opositor; que deveria haver estojos de fuzil. Que o local onde o corpo foi encontrado é de difícil acesso, no alto de um barranco, nos fundos de uma casa; que o opositor estava nu; que a bermuda do opositor foi encontrada próxima ao portão de entrada [da casa de Chacal]”
Em depoimento, parentes do traficante confirmaram que Chacal fazia o pagamento de propina a PMs a mando do chefe do tráfico do morro da Coruja, o Gaguinho. Familiares e outras testemunhas também disseram que o criminoso tinha medo de morrer por causa de seu envolvimento no esquema comandado por Djalma Beltrami.
As testemunhas contam que o traficante estava desarmado quando PMs do 7º BPM invadiram a casa dele:
“Raphael [Chacal] foi deitado no chão de barriga para baixo, com as mãos para trás, e um deles pisou na cabeça de Raphael; as mulheres ficaram nervosas e pediram para soltar ele. Em certo momento, Raphael perdeu sua bermuda e ficou pelado. Os vizinhos comentaram que ouviram os policiais falando ‘e aí Comando, estamos com o garoto aqui’”
A perícia realizada após a morte de Chacal comprova a versão das testemunhas e dos familiares:
“Que chegando no local constatou que o mesmo não estava preservado, uma vez que não foram encontrados estojos de fuzis nem a arma utilizada pelo opositor; que deveria haver estojos de fuzil. Que o local onde o corpo foi encontrado é de difícil acesso, no alto de um barranco, nos fundos de uma casa; que o opositor estava nu; que a bermuda do opositor foi encontrada próxima ao portão de entrada [da casa de Chacal]”
A denúncia do MP também relata que Beltrami, ao saber que o 7º BPM seria um dos alvos da operação Dezembro Negro da Polícia Civil, pediu a um subordinado que retirasse “qualquer material errado” das viaturas, como touca ninja, munições não permitidas e armamento. Segundo o documento, ele não queria ter problemas com eventual fiscalização da Corregedoria.
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