quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

RS - Sargento morto por policiais do Paraná será sepultado nesta quinta no RS


Familiares, amigos e colegas acompanham o velório desde a madrugada.

Ariel da Silva, de 40 anos, estava há 21 anos na Brigada Militar.

O corpo do policial militar morto ao ser atingido por tiros disparados por policiais civis do Paraná na quarta-feira (21) será sepultado nesta quinta (22), no Cemitério Memorial Parque da Colina, em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre. O sargento Ariel da Silva, 40 anos, estava há 21 anos na Brigada Militar. Ele deixa a mulher e uma filha adolescente.
Desde a madrugada desta quinta, familiares, amigos e colegas acompanham o velório. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, desmarcou os compromissos de sua agenda pela manhã para comparecer ao sepultamento.
O sargento da Brigada Militar foi baleado na Avenida Planaltina, perto da ERS-020, em Gravataí, por volta da 1h30. Os disparos foram feitos por três policiais civis do Paraná que vieram ao Rio Grande do Sul investigar o sequestro de dois empresários. Segundo o depoimento dos policiais paranaenses, Ariel da Silva foi confundido com um assaltante. Eles teriam sido abordados pelo policial militar à paisana, empunhando uma arma.
A Justiça acolheu pedido da Promotoria de Justiça Criminal de Gravataí e determinou a prisão temporária dos três policiais civis paranenses suspeitos de matar o policial. Segundo o promotor André Luís Dal Molin Flores, os agentes não teriam apresentado argumentos convincentes sobre o episódio.
Além desta, outra ação acabou em morte. No início da tarde de quarta (21), policiais civis de Gravataí, com base em informações repassadas pelos agentes do Paraná, faziam buscas em Gravataí na tentativa de libertar dois empresários que eram mantidos como reféns. No cerco ao cativeiro, houve tiroteio e a morte de um dos reféns. No início da noite, as polícias Civil do Paraná e do Rio Grande do Sul afirmaram que a operação foi comandada por agentes gaúchos.

Ação da polícia do PR foi 'irresponsável e ilegal', diz Tarso

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, criticou a operação da Polícia Civil do Paraná que, em território gaúcho, culminou na morte de um policial militar na madrugada desta quarta-feira. Segundo o petista, a atuação dos agentes paranaenses em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, foi "irresponsável e ilegal", conforme sua assessoria informou ao Terra. O governo afirma "não ter detalhes" sobre uma segunda morte ocorrida na cidade nesta tarde, durante tiroteio.
Tarso se reuniu com o chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Ranolfo Vieira Júnior, para discutir o caso, que está sob a avaliação da Secretaria de Segurança Pública. As autoridades gaúchas não foram informadas da operação. O governo entende que a morte do sargento da Polícia Militar Ariel da Silva, que não estava em serviço e morreu alvejado por cinco tiros, é de responsabilidade "única e exclusiva" da Polícia Civil do Paraná, que, em nota, afirma que "iria informar ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul quanto à presença dos policiais paranaenses no Estado na manhã desta quarta-feira".
A Justiça gaúcha já decretou a prisão temporária dos três policiais que atiraram contra o sargento. De acordo com o comandante do 17° Batalhão da Polícia Militar, Dirceu Lopes, eles já estão presos em seu Estado e devem ser enviados ao Rio Grande do Sul.
Ariel trabalhou até por volta das 20h e, em torno da 1h de hoje, a 150 m de casa, viu um carro com placa do Paraná. Ao se aproximar, de moto, foi baleado. De acordo com Lopes, os policiais afirmaram que o PM atirou primeiro, "tese que não achamos pertinente", disse o tenente-coronel. O sargento estava há 21 anos na corporação e há 1 ano e meio no setor de inteligência, sempre com "excelente comportamento", segundo o comandante, segundo o qual os agentes paranaenses não prestaram socorro após dispararem contra a vítima.
A ação, segundo a Polícia Civil do Paraná, deveria "dar prosseguimento a uma investigação sigilosa a respeito de uma quadrilha acusada de praticar o crime de extorsão mediante sequestro".
Nesta tarde, um fazendeiro de 50 anos que era mantido refém morreu em Gravataí (RS), em uma troca de tiros entre sequestradores e policiais civis. Ainda não há a confirmação sobre a origem dos disparos - se dos sequestradores ou se de policiais civis gaúchos ou paranaenses.
Em nota divulgada nesta noite, a Polícia Civil do Paraná informou "que não teve participação direta na ação que resultou na morte de um dos reféns, uma vez que apenas as forças gaúchas de segurança foram autorizadas a participar da ação". De acordo com a polícia paranaense, a vítima era o empresário Lírio Poerjio, do município de Quatro Pontes, no oeste paranense. Três suspeitos do sequestro foram presos.
Fonte:TERRA


FONTE: http://policialbr.com/profiles/blogs/rs-sargento-morto-por-policiais-do-parana-sera-sepultado-nesta-qu?xg_source=msg_mes_network#ixzz1hJOxlZDy
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
Under Creative Commons License: Attribution

Nenhum comentário: