terça-feira, 30 de junho de 2009

O que está acontecendo na PM de Sergipe

"A CABEÇA RACIOCINA DE ACORDO COM O CHÃO QUE OS PÉS PISAM"

O que está acontecendo na PM de Sergipe

Manifestações na PMSE

Uma situação perversa que ocorre em muitas polícias e bombeiros militares no Brasil é a atuação irregular dos motoristas de viaturas e demais veículos de emergência. O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 145, diz o seguinte:

Art. 145 - Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normalização do CONTRAN.

Apegados ao fato de que muitos policiais dirigem sem possuir essa qualificação técnica, alguns até possuindo a Carteira de Habilitação (CNH) vencida, os policiais militares do Estado de Sergipe resolveram deixar de dirigir as viaturas, alegando esta falta de qualificação. Além disso, os policiais que não são dotados de arma da Corporação nem coletes balísticos dentro da validade também estão se recusando ir às ruas trabalhar nessas condições. Para completar, policiais militares que estavam trabalhando em delegacias e presídios deixaram de fazê-lo, pela flagrante ilegalidade que há através do desvio da função.
Um policial militar de Sergipe descreveu a situação na Comunidade PMBA:

“Companheiros da PMBA, sou Policial Militar de Sergipe e quero-lhes informar para alegria de todos que os tempos de tirania e opressão na caserna estão com os dias contados. Com os avanços na Era da Informação os PM’s de Sergipe estão sendo pioneiros em um movimento único chamado de “Tolerância Zero”, onde para pressionar o Governo por melhores salários estamos apenas usando a lei. Nada mais do que isso. As PM’s que tanto martelam nos cursos de formação que o PM tem de ter a conduta baseada na legalidade, tem em seu bojo diversas atitudes contrárias ao que pregam. É a pura hipocrisia. Sabedores disso é que tivemos a idéia de não executar ordem ilegal, pois assim sendo se cumprirmos estaremos fazendo um ato ilegal e passíveis de processos na esfera administrativa, civil e penal. Eis alguns tópicos:
- Não dirigir viaturas sem curso específico como manda a norma do CONTRAN;
- Não trabalhar em delegacias, pois isso é desvio de função (aqui eles já estão ganhando mais de 4000 reais e em 2010 eles irão perceber mais de 8000 reais);
- Não trabalhar em presídios, pois isso é serviço de agente penitenciário (eles tiveram um aumento e sua remuneração irá ficar entre 2900 a 4000 reais e o soldado PM uns 1300 reais);
- Trabalhar somente quando temos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) - colete balístico e arma da corporação.”
   NÓS ESTAMOS FAZENDO A NOSSA PARTE E VCS IRÃO COMEÇAR QUANDO?
ATÉ QUANDO IRÃO ACEITAR SEREM ESCRAVOS DO ESTADO? EIS AS CONSIDERAÇÕES.
Agora é a hora de deflagar o movimento visto que é pioneiro e antes que os Governadores se antecipem para legalizar o ilegal. Abraços à todos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Lista com nome e salário de servidor fere Constituição, diz Bandeira de Mello

Mariana Ghirello - 28/06/2009 - 12h00

Anunciada em um momento em que Brasília vive uma enxurrada de denúncias de corrupção, a divulgação dos salários dos servidores do município de São Paulo pelo prefeito Gilberto Kassab tem dividido opiniões. Para alguns, é um exemplo inovador de transparência na administração pública; para outros, uma medida draconiana que expõe a privacidade dos funcionários.

O jurista Celso Bandeira de Mello se posiciona neste segundo grupo. Para o professor titular de direito administrativo da PUC-SP, a lista divulgada no portal da Prefeitura na Internet não foi a melhor forma de demonstrar transparência e afronta diretamente a Constituição.

"A Prefeitura está violando a intimidade das pessoas, não há nenhuma necessidade disso". Segundo Bandeira de Mello, a Prefeitura poderia divulgar o número de servidores no cargo e qual o salário pago, mas sem expor o servidor e suas informações pessoais.

"Não é porque ele é um servidor público que vai perder o direito a própria intimidade", Mello explica que a Constituição Federal assegura esse direito a todo cidadão. Para ele, não existe interesse nenhum em publicar o nome do servidor e seu respectivo salário, porém, a publicidade dos gastos do governo sim, é muito importante e necessário. “Eu acho muito bom o máximo de publicidade”, e observa: "Eles não fazem favor nenhum em divulgar como gastão o dinheiro”.

De acordo com a Prefeitura, o Portal da Transparência está disponível na internet desde 16 de junho, e é atualizado diariamente com os valores dos salários pagos e ainda, as verbas destinadas aos contratos, e fornecedores do município. O projeto de disponibilizar os dados na web já enfrentou algumas barreiras, entidades de classe entraram na justiça para bloquear a lista com os nomes e salários dos servidores.

A lista está aberta, basta acessar o site De olho na Contas no site da prefeitura de São Paulo, neste sábado (27/6) somente a lista dos servidores que trabalham com educação permanece fechada, com uma mensagem no lugar dos nomes e salários. A liminar proferida pelo juiz Ronaldo Fringini, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou a retirada dos nomes do portal beneficiando os profissionais.

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, o município de São Paulo é o primeiro do Brasil a divulgar as finanças na Internet, antes as contas eram publicadas apenas no Diário Oficial. Com intuito de dar mais acesso e transparência, a prefeitura garante que irá recorrer de qualquer decisão para manter as informações à mão dos cidadãos.

Extensão

Quanto a mesma divulgação pelo poder judiciário, pode-se esperar mais polêmica. O advogado Renato Poltronieri, sócio do escritório Demarest e professor de Direito Público, afirma que pela função que um juiz exerce, a de um especialista, a publicação não deveria ser feita para não expor o magistrado que irá julgar, por exemplo, a divulgação da própria lista.

Para Renato Poltronieri, a tendência é que essa transparência nas contas se espalhe para os Poderes, mas defende ainda a discriminação dos valores recebidos, como gratificações ou até mesmo ações judiciais, o que não foi feito na lista e causou espanto com salários no valor de R$ 50 mil por mês.

De acordo com Poltronieri, a lista “dá efetividade aos preceitos constitucionais que tratam do poder público como um todo”. Mas ele afirma que existem dois pontos complexos na situação, a do servidor que tem o direito de não expor sua vida, e a do cidadão que tem o direito de saber das contas públicas, “é uma questão controversa” completa.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Impunidade: uma análise da jurisprudência após um ano de vigência da Lei Seca

 

Aldo de Campos Costa - 23/06/2009

Luis Cláudio envolveu-se em grave acidente automobilístico em uma localidade do litoral paranaense. Os policiais militares que atenderam o sinistro constataram que ele dirigia seu carro sob visível estado de embriaguez alcóolica, inalando forte odor etílico, com dificuldades para andar, falar e se coordenar. Em razão disso, foi conduzido à delegacia de polícia local, onde foi lavrado o respectivo auto de prisão em flagrante[1].

Em juízo, Luís Cláudio teve sua punibilidade extinta monocraticamente com relação ao crime do artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, já que uma elementar daquele tipo penal, qual seja, a concentração de álcool no sangue igual ou superior a 6 decigramas não fora comprovada pelo meio próprio: um exame de sangue ou de nível de alcoolemia.

João dirigia sob a influência de álcool a sua motocicleta em uma rodovia do interior do Rio Grande do Sul, quando não aceitou a ordem de parada de um policial militar e fugiu do local, imprimindo alta velocidade no veículo e efetuando manobras bruscas, com o que colocou em risco a incolumidade das pessoas que transitavam ou estavam nas proximidades daquela estrada[2].

A magistrada que recebeu a denúncia entendeu por rejeitá-la parcialmente em relação ao artigo 306 da Lei 9.503/97. Inconformado, o Ministério Público apelou da decisão. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, entretanto, manteve a decisão monocrática, por não ver justa causa para a subsistência daquela ação penal diante da inexistência, na hipótese, de notícia da realização de prova técnica hábil à demonstração da materialidade delitiva.

Em Minas Gerais, o veículo que era conduzido Edinilson foi abordado por viaturas da polícia militar. Submetido a exame clínico, soube-se posteriormente que se encontrava sob a influência de álcool, expondo terceiros a dano potencial[3].

Edinilson foi condenado como incurso nas sanções do artigo 306 da Lei 9.503/97, à pena de 10 meses e 10 dias de detenção, no regime aberto, além do pagamento de 16 dias-multa. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, todavia, o absolveu em segunda instância, sob a justificativa de não ter sido observada no caso concreto a indispensável prova técnica visando a demonstrar que ele estava conduzindo veículo sob efeito de álcool na exata concentração determinada pela “Lei Seca”.

Também sob a influência de álcool, Wallace ultrapassou perigosamente dois automóveis pela direita em uma rodovia de Santa Catarina. Após efetuar a ultrapassagem de alto risco, foi abordado por dois soldados da polícia militar que o conduziram até o pronto socorro mais próximo, onde foi constatada sua excessiva embriaguez pela médica de plantão[4].

A sentença que condenou Wallace à pena de um ano de detenção e ao pagamento de 30 dias-multa por infração ao artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, foi posteriormente reformada pelo Tribunal Estadual, que o absolveu da prática daquele crime com fulcro no artigo 386, VI, do Código de Processo Penal.

É que muito embora existisse nos autos o depoimento dos policiais militares afirmando que ele se encontrava em estado de embriaguez, aliado, ainda, ao atestado médico que indicou sinais da ingestão excessiva de álcool e à confissão do próprio acusado de que ingeriu bebida alcoólica antes de tomar a direção do veículo automotor, não havia como inferir a dosagem da substância para a responsabilização do crime previsto no artigo 306 da Lei 11.705/08.

No Distrito Federal, Junio dirigia sob influência de bebida alcoólica, com acentuada imprudência e velocidade superior à máxima permitida nas proximidades do viaduto de acesso a uma cidade-satélite. Nestas condições, perdeu o controle do carro, derrapou, transpôs o meio-fio, entrou no canteiro central, passou para a pista de sentido contrário e colidiu com dois veículos, sendo que um deles era ocupado por dois menores, vindo um deles a óbito no local do acidente. Inicialmente condenado a 2 anos e 10 meses de detenção por infringir o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, Junio foi absolvido em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, simplesmente porque não foi submetido ao bafômetro[5].

Osmar não precisou esperar tanto tempo, pois já foi absolvido logo na primeira instância da acusação de praticar o delito previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro. Isso, mesmo tendo causado um grave acidente de trânsito sob a influência de substância ebriante.

O Ministério Público do Estado de São Paulo, entretanto, insistiu em sua condenação. Mas o Tribunal de Justiça paulista negou provimento ao recurso ministerial e manteve a absolvição daquele condutor. Nesse caso também não foi realizado o exame de sangue e nem o teste do bafômetro, somente o exame clínico do Instituto Médico Legal, insuficiente para comprovar tecnicamente a concentração mínima de álcool por litro de sangue, de seis decigramas, ou três décimos de miligrama por litro de ar expelido dos pulmões de Osmar.

Elisete, que vive no Rio de Janeiro, não terá, entretanto, a mesma sorte de Luis Cláudio, João, Edinilson, Wallace, Junio e Osmar, apesar de ter sido presa em flagrante em uma situação objetivamente semelhante aos demais: ela aceitou submeter-se ao teste do etilômetro quando lhe foi determinado que o fizesse, sem se rebelar em face disto, nem se negar a realizá-lo, logo após ter saído de um shopping, quando foi parada por uma “blitz”, oportunidade em que foi aferida a presença de concentração de álcool superior a três décimos de miligrama por litro de ar expelido de seus pulmões.

“O direito não socorre àqueles que dormem”, exprimiu-se em tom desalentoso o relator do habeas corpus que a defesa técnica de Elisete impetrou na vã tentativa de safá-la de uma iminente condenação pela prática do delito previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro[6], ao argumento de que vige mandamento constitucional segundo o qual ninguém está obrigado a fazer prova contra si mesmo.

Todos esses exemplos da jurisprudência de nossos tribunais, produzidos ao longo de um ano de vigência da chamada “Lei Seca” prestam-se para demonstrar o acerto da tese de que as alterações produzidas pelo advento da Lei 11.

705/08 frustraram a finalidade de estabelecer alcoolemia zero e de impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool, estampada na ementa daquele diploma legal[7].

A rigor, a “Lei Seca” vem funcionando como uma norma proibitiva que acaba se tornando permissiva na prática, uma vez que a imposição ou a proibição que propõe não provoca o estímulo volitivo esperado nos seus destinatários —muito pelo contrário.

Revelou-se correta, ainda, a previsão de que a nova lei retroage favoravelmente aos que não forem submetidos aos únicos exames capazes de aferir a exata constatação de nível de alcoolemia para a consumação do tipo penal estabelecida pela circunstância elementar antes não preceituada pelo artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro[8].

Para confirmar essa constatação, basta notar que os episódios acima relatados ocorreram em datas pretéritas à entrada em vigor da Lei 11.705/08 (o caso de Santa Catarina, por exemplo, ocorreu em 2004).Cuida-se de um caso típico de novatio legis in mellius, que retroage para tornar a conduta do motorista atípica, nos exatos termos do que estatuem o artigo 5°, XL, da Constituição Federal e o artigo 2°, parágrafo único, do Código Penal.

O aumento em todo o país do número de prisões de motoristas que dirigem alcoolizados, por isso mesmo, não chega a impressionar, já que a quantidade de pessoas presas, conforme vimos, não implica necessariamente no incremento das punições. O número de vidas poupadas também não pode ser apontado como resultado necessário daquela circunstância.

O que ocorre é que existe correlação, mas não causalidade entre estas variáveis, que parecem estar muito mais relacionadas ao incremento da fiscalização em determinadas localidades do que à efetiva aplicação da legislação penal. A fiscalização, como variável externa, faz com que todos os aumentos (prisões, número de vidas) estejam correlacionados de alguma forma entre si, sem que nenhum deles provoque necessariamente o outro. Seja como for, o certo é que a realidade jurisprudencial demonstra inequivocamente que após o seu primeiro aniversário, a “lei seca” já não possui mais vigência fática. Victor Hugo, aliás, parece ter se referido justamente a essas hipóteses quando dizia que “amadurecer e morrer é quase a mesma palavra”.

http://ultimainstancia.uol.com.br/new_site/artigos_ver.php

STJ inocenta homem preso por furtar cueca, chinelo, bacalhau e chocolate

 

Da Redação - 22/06/2009 - 17h26

Em decisão unânime, a 5ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou a condenação de um homem que foi preso em flagrante ao tentar furtar duas latas de azeite, duas cuecas, duas barras de chocolate, um par de chinelos, além de 6,5 kg de carne bovina e 1,6 kg de bacalhau, de um supermercado em Minas Gerais.

O réu, que havia sido condenado pela Justiça mineira a oito meses de prisão, também foi absolvido do crime de falsa identidade. No momento em que foi detido, em março do ano passado, ele se apresentou com outro nome aos policiais.

Na decisão, o STJ aplicou o princípio da insignificância, por considerar que o valor dos itens roubados é irrisório e não causou nenhum impacto no patrimônio do estabelecimento. “Desproporcional a imposição de pena privativa de liberdade, uma vez que a ofensividade da conduta se mostrou mínima; não houve nenhuma periculosidade social da ação; a reprovabilidade do comportamento foi de grau reduzidíssimo e a lesão ao bem jurídico se revelou inexpressiva”, argumentou o relator do caso, ministro Arnaldo Esteves Lima.

A Defensoria Pública apelou ao STJ depois de o TJ-MG (Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais) negar recurso. Na ocasião, os desembargadores entenderam que o acusado não realizou o furto para saciar sua fome. “Furto famélico incompatível com os produtos subtraídos do estabelecimento comercial”, diz o acordão.

A Corte Superior também atendeu ao pedido da defesa quanto a alegação de falsa identidade. A Defensoria argumentou que crime previsto no artigo 307 do Código Penal só ocorre quando o acusado apresenta documento falso. Arnaldo Esteves de Lima observou que a Constituição permite a tentativa de ocultar sua identidade no momento da prisão. Para o ministro, essa atitude se enquandra no conceito de autodefesa, garantido pelo inciso LXIII do artigo 5º da Carta.

http://ultimainstancia.uol.com.br/new_site/novonoticias/STJ+INOCENTA+HOMEM+PRESO+POR+FURTAR+CUECA+CHINELO+BACALHAU+E+CHOCOLATE_64430.shtml?__akacao=152457&__akcnt=cc1e1af3&__akvkey=84a9&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=InfoUI_230609

domingo, 21 de junho de 2009

Só existe hoje!!!

Aí um dia você toma um avião para Paris, a lazer ou a trabalho, em um vôo da Air France, em que a comida e a bebida têm a obrigação de oferecer a melhor experiência gastronômica de bordo do mundo, e o avião mergulha para a morte no meio do Oceano Atlântico. Sem que você perceba, ou possa fazer qualquer coisa a respeito, sua vida acabou. Numa bola de fogo ou nos 4 000 metros de água congelante abaixo de você naquele mar sem fim. Você que tinha acabado de conseguir dormir na poltrona ou de colocar os fones de ouvido para assistir ao primeiro filme da noite ou de saborear uma segunda taça de vinho tinto com o cobertorzinho do avião sobre os joelhos. Talvez você tenha tido tempo de ter a consciência do fim, de que tudo terminava ali. Talvez você nem tenha tido a chance de se dar conta disso. Fim. 
Tudo que ia pela sua cabeça desaparece do mundo sem deixar vestígios. Como se jamais tivesse existido. Seus planos de trocar de emprego ou de expandir os negócios. Seu amor imenso pelos filhos e sua tremenda incapacidade de expressar esse amor. Seu medo da velhice, suas preocupações em relação à aposentadoria. Sua insegurança em relação ao seu real talento, às chances de sobrevivência de suas competências nesse mundo que troca de regras a cada seis meses. Seu receio de que sua mulher, de cuja afeição você depende mais do que imagina, um dia lhe deixe. Ou pior: que permaneça com você infeliz, tendo deixado de amá-lo. Seus sonhos de trocar de casa, sua torcida para que seu time faça uma boa temporada. Suas noites de insônia, essa sinusite que você está desenvolvendo, suas saudades do cigarro. Os planos de voltar à academia, a grande contabilidade (nem sempre com saldo positivo) dos amores e dos ódios que você angariou e destilou pela vida, as dezenas de pequenos problemas cotidianos que você tinha anotado na agenda para resolver assim que tivesse tempo. Bastou um segundo para que tudo isso fosse desligado.. Para que todo esse universo pessoal que tantas vezes lhe pesou toneladas tenha se apagado. Como uma lâmpada que acaba e não volta a acender mais. Fim.
Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo dentro de casa. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. No fundo, só existe o hoje...

Por Adriano Silva | 04/06/2009 – Revista Exame

sábado, 13 de junho de 2009

Q.I. MASCULINO

Q.I. MASCULINO
Um homem tinha três namoradas e não sabia com qual delas deveria se casar.
Resolveu, então, fazer um teste para ver qual estava mais apta a ser sua mulher.
Tirou R$ 15 mil do banco, deu R$ 5 mil para cada uma e disse:
- Gastem com o que quiserem.
A primeira foi ao shopping, comprou roupas, jóias, foi ao
cabeleireiro,salão de beleza, etc..
Voltou para o homem e disse:
- Gastei todo o seu dinheiro assim para ficar mais bonita para você, para lhe agradar..Tudo isso porque amo você.
A segunda foi ao mesmo shopping, comprou roupas para ele, um CD player,uma televisão tela plana, dois pares de tênis para jogar basquete,tacos de golfe e filmes pornô.
Voltou para o homem e disse:
- Gastei todo o seu dinheiro assim para lhe fazer mais feliz, lhe agradar.Tudo isso porque amo você.
A terceira pegou o dinheiro e aplicou em ações.
Em três dias duplicou o investido, retornou os R$ 5 mil para o homem e disse:
- Apliquei o seu dinheiro e ganhei o meu. Agora posso fazer o que quiser com o meu dinheiro.
Tudo isso porque eu amo você.
Então o homem pensou,
Pensou...
Pensou..
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou....
Pensou...
Pensou...
Pensou..
Pensou...
Pensou....
Pensou...
(homens demoram para pensar...)
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou....
Pensou...
Pensou...
Pensou... 
Pensou... 
Pensou...
Pensou...Eles são adoráveis pensando....... Mas são lentos demais....
Pensou...
Pensou..
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou...

Pensou....

Pensou...
Pensou...
Pensou...
Pensou... 
Pensou...
Pensou...
Pensou...


E escolheu aquela que tinha a bunda maior!
Homem é tudo igual mesmo!

Sem algemas, réu tenta agredir juiz

 

O jornal O Estado de S. Paulo traz nesta sexta-feira (12/6) a notícia de que um julgamento na 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes (RJ) quase acabou em agressão. O réu Fábio Roberto Martiniano, que estava sendo julgado por homicídio, tentou atacar o juiz Leonardo Grandmasson Ferreira Chaves com o microfone. Foram necessários cinco policiais para contê-lo. Martiniano estava sem algemas com base na Súmula 11, do Supremo Tribunal Federal, que prevê o uso somente quando o acusado oferecer risco. O juiz deu voz de prisão em flagrante por tentativa de lesão corporal e por dissolver o Conselho de Sentença e encerrou o julgamento.

Novo superintendente de Relações do Trabalho em SP defende reforma da CLT

 

Em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, o novo superintendente de Relações do Trabalho em São Paulo, José Roberto de Melo, afirma que tem como principal obejtivo intensificar a qualificação profissional no Estado de São Paulo. Ex-diretor de recursos humanos de várias multinacionais, nas quais atuou por 40 anos, Melo diz que é preciso reformar a legislação trabalhista. Quando trabalhava no setor privado, chegou a dizer que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) deveria ser "jogada no lixo". Agora, afirma que precisa ser "modernizada".

TIRINHAS

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sexta-feira, 12 de junho de 2009

Pintor recebe R$ 8.000 de jornal que o incluiu em lista de traficantes

Da Redação - 11/06/2009 - 17h08

A 13ª Câmara Cível do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) condenou a empresa jornalística Santa Marta, de Passos, sudoeste mineiro, a indenizar em R$ 8.000, por danos morais, um pintor de paredes que, em uma matéria, teve seu nome inserido numa lista de grandes traficantes da cidade.

Segundo informações do tribunal mineiro, no dia 31 de janeiro de 2008, véspera de carnaval, a Polícia Militar fez uma megaoperação na cidade de Passos com o objetivo de combater o tráfico de drogas. No dia seguinte, o jornal Folha da Manhãtrazia a notícia em destaque e apresentava os nomes dos traficantes presos na operação, dentre eles, o do autor da ação.

Ao procurar reparação na Justiça, ele alegou que esteve na delegacia no mesmo dia da megaoperação para devolver uma arma de fogo, cumprindo um mandado judicial, mas se tratava de ação distinta do combate ao tráfico, e não tinha qualquer relação com traficantes.

De acordo com o pintor, ele sofreu danos morais ao ter seu nome associado ao tráfico de drogas, relatando que passou a ser isolado por seus vizinhos e que os amigos de seus filhos pararam de frequentar sua casa.

A empresa, em sua defesa, afirmou que não teve acesso suficiente a informações que diferenciassem a conduta do pintor e que nunca teve intenção de injuriá-lo, mas apenas dizer a verdade. Além disso, segundo a empresa, não houve qualquer ofensa moral ao pintor.

Em decisão de primeira instância, o juiz da 3ª Vara Cível de Passos entendeu que o jornal ofendeu a honra do pintor e não fez nada para minimizar os constrangimentos, pois na data da sentença a matéria ainda estava na página do jornal na Internet. Baseado nisso, estipulou a indenização em R$ 4.150.

Ambas as partes recorreram ao TJ de Minas. A turma julgadora atendeu ao pedido do pintor e aumentou o valor da indenização para R$ 8.000. O fundamento foi de que a empresa não tomou o devido cuidado para divulgar informações de tamanha gravidade e que o porte da empresa permitia majorar a indenização para minimizar os danos causados por tão grave matéria.

Em seu voto, a relatora, desembargadora Cláudia Maia, destacou que “ao contrário do alegado, não paira dúvida de que o pintor, de fato, foi negativamente atingido pela publicação da reportagem, uma vez que teve seu nome vinculado a evento criminoso do qual não participou”

Sem julgamento há mais de 2 anos, acusado de homicídio consegue liberdade

Da Redação - 12/06/2009 - 10h05

A 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), em decisão unânime, concedeu habeas corpus a um funcionário público federal. Ele agora poderá responder em liberdade ao processo por homicídio e furto qualificados em trâmite na 1ª Vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro.

O relator do recurso no STF, ministro Celso de Mello, já havia concedido liminar em dezembro do ano passado, determinando sua imediata soltura, depois de ele permanecer preso por mais de ano e meio sem ter sido julgado pelo júri popular. O ministro considerou que o processo, envolvendo apenas dois réus —o corréu é policial militar do Rio de Janeiro—, não oferecia tamanha complexidade para o júri ser adiado por tanto tempo.

Ao decidir pela concessão da liminar, a Turma do Supremo constatou que, até  agora, decorridos dois anos e três meses da decretação da prisão temporária e quase dois anos da prolação da sentença de pronúncia para o acusado ser julgado por júri popular, ainda “não há registro da inclusão do processo para julgamento pelo Tribunal do Júri da 1ª Vara do Rio de Janeiro”.

De acordo com informações do Supremo, o habeas corpus foi impetrado em agosto do ano passado no tribunal, contra decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que indeferiu recurso ordinário em habeas corpus lá impetrado com igual objetivo.

O STJ considerou que se justificava a prisão pelo bem da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e aplicação da lei penal, alegados pelo juiz de primeiro grau para decretar a prisão.

Segundo o STJ, teria havido no processo ameaça a testemunhas, fuga do distrito da culpa e reiteração na prática criminosa.  A defesa, no entanto, afirma que o réu, que nega os crimes que lhe são imputados, é primário, casado há 14 anos com a mesma esposa, pai de duas filhas menores e possuidor de endereço e ocupação fixos.

Prescrição de ação de beneficiário do DPVAT é de três anos

Da Redação - 12/06/2009 - 11h55

O DPVAT (seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres) tem caráter de seguro de responsabilidade civil e, por isso, a ação de cobrança de beneficiário da cobertura prescreve em três anos. A decisão é da 2ª Seção do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

De acordo com informações do tribunal, o caso refere-se a uma viúva de vítima atropelada em 2002 que deu início à ação apenas em 2006. O juiz inicial negou seguimento ao pedido, afirmando estar prescrito o direito da autora de buscar a indenização. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve o entendimento.

Para o relator, ministro Luis Felipe Salomão, o DPVAT teria finalidade eminentemente social, de garantia de compensação pelos danos pessoais de vítimas de acidentes com veículos automotores.

Por isso, diferentemente dos seguros de responsabilidade civil, protegeria o acidentado, e não o segurado. A prescrição a ser aplicada seria, portanto, a da regra geral do Código Civil, de dez anos. O entendimento foi seguido pelos desembargadores convocados Vasco Della Giustina e Paulo Furtado.

Em voto vista, o ministro Fernando Gonçalves divergiu. Para ele, embora o recebimento da indenização do seguro obrigatório independa da demonstração de culpa do segurado, o DPVAT não deixa de ter caráter de seguro de responsabilidade civil. Por isso, as ações relacionadas a ele prescreveriam em três anos. O voto foi acompanhado pelos ministros Aldir Passarinho Junior, João Otávio de Noronha e Sidnei Beneti.

Os dois últimos ressaltaram também a tendência internacional de reduzir os prazos de prescrição nos códigos civis mais recentes, em favor da segurança jurídica.

Poder Público é cronicamente omisso com presídios, diz Celso de Mello

Agência Brasil - 11/06/2009 – 13h32

O Poder Público age de maneira irresponsável e, salvo exceções, não tem interesse em superar dificuldades que geram situações que ofendem a dignidade de condenados. Essa é a opinião do mais antigo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Celso de Mello, que concedeu entrevista exclusiva àAgência Brasil.

Com o conhecimento de quem trabalhou por 20 anos no Ministério Público de São Paulo, muitos deles na Corregedoria de Polícia Judiciária e de presídios, o decano afirmou que as recentes denúncias de violações de direitos humanos em presídios de Estados como o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul evidenciam um quadro crítico, de caráter nacional, persistente há décadas pela omissão do Poder Público.

“Já, então, em meados da década de 70, eu fazia as mesmas denúncias que lamentavelmente são reiteradas hoje”, criticou Mello, que completou: “infelizmente o Poder Público vem se mantendo cronicamente omisso no cumprimento de seus deveres jurídicos”, acrescentou. 

Segundo o ministro, as normas previstas na LEP (Lei de Execução Penal), em geral, não têm saído do papel. Garantias básicas e o objetivo de ressocialização são desconsiderados. “No Brasil, a prática da Lei de Execução Penal tornou-se um mero exercício de ficção, porque ela impõe obrigações que o Poder Público simplesmente não cumpre. O Poder Público tornou-se infrator crônico da LEP e compromete assim direitos básicos do sentenciado”, ressaltou Mello.

O ministro constatou que, na prática, muitos presos brasileiros cumprem penas sem qualquer embasamento legal. “São impostas penas sequer previstas na legislação, como a promiscuidade, a agressão física, e isso é extremamente grave. O fato de ser condenado e privado de liberdade pela prática de crimes, não o [o preso] exclui do rol daqueles que têm acesso a direitos básicos e garantias fundamentais”, assinalou.

Mello lembrou ainda que o quadro crítico de degradação das unidades prisionais coloca o país permanentemente exposto a sofrer interpelações de organismos internacionais. “Sinto que o descumprimento reiterado pelo Poder Público, de obrigações impostas por legislação plenamente constitucional, gera uma situação absolutamente desconfortável para o Estado. A República Federativa do Brasil poderá, sim, ser acionada perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos”, alertou.

Ao defender a urgente necessidade de uma mudança de postura do Estado em relação ao sistema penitenciário, o ministro avaliou as inspeções e mutirões carcerários promovidos pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), desde o ano passado, como um primeiro passo, ainda que insuficiente, para uma nova realidade.

“Mais de 2.000 pessoas que estavam sendo indevidamente mantidas presas  foram soltas graças à atuação dos mutirões carcerários. Isso é importante, um grande exemplo ao Estado brasileiro, mas é preciso mais”, concluiu Mello. 

O ministro crê que o Ministério Público tem hoje melhores condições para cobrar com  rigor absoluto a responsabilidade do Estado na questão prisional, o que, segundo ele, já foi demonstrado pela interdição de algumas unidades que abrigam detentos.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Província argentina bloqueia contas da Petrobras

 da BBC Brasil

O governo da Província argentina de Santa Fé bloqueou as contas bancárias da Petrobras Energia S.A. na Argentina acusando a empresa de não pagar dívidas tributárias com a administração local no valor de 8,5 milhões de pesos (cerca de R$ 4,4 milhões), entre 2003 e 2009.

A medida foi autorizada pela Justiça provincial, atendendo a pedido da Subsecretaria de Ingressos Públicos - o fisco local - ligada à Secretaria de Economia do governo de Santa Fé.

A informação foi confirmada à BBC Brasil, nesta terça-feira, pela assessoria do governador Hermes Binner e pelo administrador provincial de Impostos, Nicolas Ruejas.

"A Petrobras foi notificada, mas ainda não respondeu à nossa iniciativa. As dívidas tributárias atrasadas com a província vão de 2003 até hoje", disse Ruejas à BBC Brasil.

A determinação do embargo foi feita na sexta-feira (5), segundo a subsecretária de Ingressos Públicos, Teresa Beren, mas somente nesta terça o caso foi divulgado.

"O embargo é uma medida cautelar, com respaldo da Justiça. Significa que este dinheiro não pode ser usado. O que estamos tentando evitar é que estas dívidas, que são antigas, continuem sendo adiadas. Não queremos que esse caso fique circulando de gabinete para gabinete, sem solução", disse Teresa Beren.

O governador Hermes Binner justificou a medida dizendo que a Petrobras, assim como a empresa americana Cargill, que também teve suas contas embargadas, "devem cumprir a lei".

"Estas são empresas que faturam mais do que o nosso orçamento provincial. Acho muito bem que faturem, mas achamos muito mal que não paguem os impostos que devem", afirmou.

Inspeções

De acordo a assessoria de imprensa do governo de Santa Fé, foi realizada, em janeiro, uma inspeção com helicópteros na região portuária de Rosário, durante a qual foram registrados 784 mil metros em construções não cadastradas.

No caso da Petrobras, segundo o governo, 2,8 mil metros não tinham sido declarados, mas foram regularizados após a inspeção.

A partir daquela operação, o governo de Santa Fé passou a fiscalizar os números da Petrobras e da Cargill - também acusada de não declarar a área construída.

A Petrobras possui uma refinaria, no município de San Lorenzo, e uma base petroquímica no Porto General San Martín, em Santa Fé.

"A Petrobras já regularizou a parte dos metros no porto que não tinham sido declarados, mas ainda não pagou os impostos atrasados", afirmou a assessoria de imprensa do governador.

Comunicado

No final da tarde desta terça-feira, a Petrobras divulgou comunicado dizendo que paga suas dívidas "em dia".
"A Petrobras paga regularmente, em tempo e forma, todos os tributos que as leis nacionais, provinciais e municipais em vigor determinam pelas atividades que realizada como sociedade constituída na Argentina", diz o texto.

"No caso de Santa Fé, em conceito de ingressos brutos (tributos da província) foram pagos entre 2008 e os meses de 2009, cerca de 19 milhões de pesos, quando sua obrigação tributária, nesse período, foi de 9 milhões de pesos, ficando um saldo para a companhia de 10 milhões de pesos. Apesar disso, a Petrobras está avaliando o requerimento recebido (de Santa Fé)".

Por sua vez, a Cargill, segundo a imprensa local, afirmou já ter pago suas dívidas e ter regularizado a situação no porto, mas Teresa Beren negou, dizendo que a situação ainda está pendente.

"Pela primeira vez na história da Província temos uns 100 embargos por 150 milhões de pesos contra empresas com dívidas que se arrastam há anos. Não queremos manter contas embargadas, mas que paguem as dívidas, mesmo que em parcelas", afirmou.

Ex-deputado federal João Carlos Bacelar morre aos 68 anos em Salvador

da Folha Online

O ex-deputado federal João Carlos Bacelar morreu nesta terça-feira aos 68 anos, em Salvador, vítima de um infarto. Ele atuou em cinco legislaturas. O último mandato assumiu como suplente do PFL, entre 2003 e 2007. O ex-deputado é pai do deputado João Carlos Bacelar Filho (PR-BA).

Segundo a assessoria de Bacelar Filho, o ex-deputado morreu em casa, enquanto dormia sozinho no quarto. Ele foi encontrado morto pela empregada, que tentava levar o café da manhã.

A assessoria informou ainda que o ex-deputado sofria de problemas cardíacos e em 2007 ficou hospitalizado. Porém, atualmente estava bem e trabalhava normalmente na empresa da família. Ele estava fora da política.

O corpo do ex-deputado está sendo velado na Assembleia Legislativa da Bahia. O enterro está marcado para amanhã, às 10h, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

Ex-deputado diz não se lembrar de "nada" sobre o acidente que deixou 2 mortos no PR

da Folha Online

O ex-deputado Fernando Carli Filho (PSB-PR) afirmou, em depoimento à polícia nesta terça-feira, não se lembrar de nada que ocorreu no dia do acidente que causou duas mortes em Curitiba (PR), informou a Sesp (Secretaria de Estado de Segurança do Paraná). Ainda segundo a Sesp, Carli Filho foi indiciado por homicídio com dolo eventual, ou seja, quando o autor sabe do risco e assume esse risco.

"Ele garante não se lembrar de nada do dia do acidente. Diz que a última coisa que se recorda é ter visitado o pai, mas não sabe dizer nem se foi naquele dia. Depois, relata só se lembrar de ter acordado num quarto branco, onde informaram a ele estar em uma UTI", afirmou o delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito, Armando Braga.

Carli Filho é indiciado por homicídio após acidente que deixou dois mortos no Paraná

O acidente ocorreu na madrugada do dia 7 de maio, quando o carro guiado pelo ex-deputado, um Volkswagen Passat, colidiu com um Honda Fit ocupado pelos jovens no bairro Mossunguê, em Curitiba. Gilmar Rafael Souza Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, morreram na hora.

Segundo exame realizado pelo IML (Instituto Médico Legal) do Paraná, Carli dirigia com dosagem alcoólica acima do estabelecido. Havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, enquanto o limite permitido é de 2 decigramas.

Porém, à polícia ele teria dito não se recordar de ter consumido bebidas alcoólicas na noite do acidente, nem da velocidade em que dirigia.

"A perda da memória, segundo os médicos, é decorrente do acidente e da forte lesão na cabeça. Mas ele garantiu que assim que melhorar seu estado poderá prestar outras informações à polícia", disse o delegado.

Na ocasião, o deputado estava com a carteira de habilitação suspensa porque excedia o total de pontos permitidos --totalizava 130 pontos, enquanto o máximo permitido é de 20. De acordo com informações do Detran, o deputado possuía 30 multas, desde 2003. Destas, 23 eram por exceder limites de velocidade. Carli Filho recorreu de 12 das 30 multas.

De acordo com a polícia, o ex-deputado disse ainda que não havia sido notificado sobre a suspensão de sua carteira de habilitação. "Ele garantiu, ainda, que apresentou recursos, mas que não foi formalmente notificado para que entregasse sua carteira de habilitação", disse o delegado.

No último sábado (6), o deputado deixou o hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Em seu período internado, Carli Filho passou por uma cirurgia de para correção de fraturas na face e crânio que, segundo sua assessoria, durou cerca de 14 horas.

Ele renunciou ao mandato de deputado estadual no final de maio, após a família de um dos jovens protocolar um pedido de cassação. À época da renúncia, Carli Filho afirmou que aguardará o processo e julgamento "sem prerrogativas funcionais ou privilégios de qualquer ordem para receber, como cidadão comum, a sentença que as circunstâncias do fato e a sensibilidade da Justiça determinarem", em ofício.

Salvador recebe R$ 115 milhões para se recuperar dos efeitos provocados pelas chuvas

Thiago Pereira

Os prefeitos das cidades atingidas pelas chuvas se reuniram em Brasília nesta terça-feira (09), onde assinaram o termo do PAC Drenagem, que vai destinar R$ 4,7 bilhões em recursos que devem incrementar investimentos em saneamento básico, com obras de drenagem urbana e manejo de águas das chuvas. Salvador será beneficiada com R$ 115 milhões.

A verba é originária do Orçamento Geral da União, de financiamentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalho (FAT). A Bahia vai receber R$ 152.576.309, deste total, aproximadamente R$ 115 serão destinados à cidade de Salvador, sendo R$ 110 milhões da União e R$ 5 milhões de contrapartida do estado.

Além de Salvador, o PAC Drenagem deve beneficiar outros 108 municípios em 18 estados brasileiros. Os projetos prevêem construção de redes e galerias de águas pluviais, dragagem e canalização de cursos de água, implantação de parques e construção de reservatórios de amortecimento de cheias, também conhecidos como piscinões, entre outras iniciativas.

Segundo o prefeito João Henrique, o dinheiro do programa será utilizado em locais onde enchentes e outras situações provocadas pela chuva são constantes, como a Suburbana, Vasco da Gama, Canela, Lucaia, Itaigara e no Subúrbio Ferroviário de Salvador.

O prefeito afirmou ainda que os recursos do PAC Drenagem devem se juntar aos investimentos já feitos pela cidade. “O ministério da Integração disponibilizou R$ 50 milhões que devem ser aplicados na reconstrução das áreas destruídas pela chuva. O Canal do Imbuí também deve ser concluído com a verba destinada a cidade, assim como a do Bate Facho, no bairro da Boca do Rio, próximo a sede de praia do Bahia”, disse João Henrique.

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, afirmou que o dinheiro também será aplicado na compra de equipamentos como caminhões, retroescavadeiras e tratores, que possibilitarão uma trabalho de manutenção mais eficaz na capital baiana.

Para escolher as cidades agraciadas com os investimentos, o Governo Federal realizou uma seleção em que foram priorizados empreendimentos em estágio avançado de planejamento, para possibilitar o rápido início das intervenções. Além disso, foram valorizados projetos de grande impacto para a população local e em consonância com as diretrizes do Programa de Drenagem Urbana Sustentável, dos Ministérios das Cidades e da Integração Nacional.

Para agosto deste ano, está prevista a divulgação, pelo Ministério, de mais uma seleção do PAC Saneamento, que vai destinar R$ 3 bilhões para projetos voltados às modalidades de água e esgoto. Serão priorizados municípios com mais de 50 mil habitantes e aqueles que já têm empreendimentos do PAC selecionados e precisam complementar recursos para sua execução.

Apostador busca prêmio da Mega no último dia

Por pouco, um metalúrgico apostador de Taubaté (a 140 km de São Paulo) deixou de se tornar milionário. Apostador há 20 anos, o ganhador esqueceu de conferir justamente o bilhete que rendeu R$ 5,2 milhões, referente ao concurso de número 1.055 da Mega-Sena, sorteado em março, e só foi buscar o prêmio nesta terça-feira, quando terminava o prazo para a retirada. De acordo com a Caixa Econômica Federal, ao ver nos jornais o anúncio de que a bolada havia sido esquecida, o apostador correu para verificar o bilhete. Porém, ao olhar debaixo da imagem de Nossa Senhora Aparecida, onde guardava todas suas apostas, não encontrou justamente o do concurso 1.055. “Saí desesperado à procura do bilhete. Descobri que minha mulher tinha retirado do lugar onde eu guardava e colocado em um copo de chope na estante”, contou. “Quase tive uma parada cardíaca. Conferimos diversas vezes sem acreditar no que estava acontecendo”, completou o sortudo.

Médicos chineses encontram mais de 100 agulhas em corpo de paciente

Os médicos chineses encontraram mais de cem agulhas no corpo do paciente Liu Lijian, de 46 anos, que foi parar no hospital após se queixar de dores pelo corpo, segundo reportagem do jornal inglês “Metro”. Para o espanto dos médicos, após examinar o paciente, eles encontraram agulhas em diversas partes de seu corpo. Os raios-X mostraram que, apenas na região do estômago, ele tinha 38 agulhas sob sua pele. Segundo o jornal, os médicos pretendem fazer uma série de delicadas cirurgias para remover os objetos. “Ele diz que costumava brincar com agulhas quando era criança, mas não se lembra de colocá-las em seu corpo. É um milagre que ele tenha ficado tanto tempo sem ter tido nenhuma infecção”, disse um porta-voz do hospital. As informações são do site G1.

Casal luta pelo direito de limpar o jardim seminu

Um casal norte-americano que vive em Boulder, no estado do Colorado (EUA), se queixa de discriminação por não poder andar seminu —usar apenas a roupa de baixo— enquanto está limpando o jardim, segundo reportagem do jornal “Daily Camera”. De acordo com o periódico, os vizinhos ligaram para a polícia para reclamar que Robert Pierce, de 58 anos, estava de cueca, enquanto Catharine Pierce usava apenas uma calcinha, além de um tapa-seios, que é utilizado frequentemente por strippers, no jardim. Eles alegam que não estão violando a lei, porque suas genitais não estão expostas. Segundo um porta-voz da polícia de Boulder, Robert e Catharine têm razão e não podem ser presos, pois não infringiram nenhuma lei por andar dessa forma. A instituição responsável pelo imóvel enviou uma carta para o casal, afirmando que o comportamento não é adequado para comunidade. As informações são do site G1.

domingo, 7 de junho de 2009

Auditoria flagra 1.035 servidores com duplo vínculo

Biaggio Talento | Agência A TARDE

O governo da Bahia identificou um novo foco de distorção na folha de pagamentos do funcionalismo: 1.035 servidores do Estado recebendo salários também no Ministério do Planejamento, num caso típico de “duplo vínculo ilegal”. Eles serão convocados para explicar a situação e podem ser demitidos se ficar comprovada a fraude.
Anteriormente, a Secretaria da Administração da Bahia (Saeb) havia descoberto 601 casos de servidores recebendo salários em duplicidade no governo baiano e em outros estados. O total de casos com algum tipo de irregularidade entre duplicidade, funcionários fantasmas e outros alcança 5.165, e esse número deve aumentar, pois o governo estadual resolveu ampliar o universo de investigação.
Na semana passada, o governo baiano assinou convênio com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para realizar uma ampla verificação sobre o duplo vínculo: haverá o “batimento de dados” da folha de pagamentos da Bahia com a de todas as repartições federais. A operação será efetivada através da análise do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) do governo federal e do Sistema de Administração de Pessoal do Estado da Bahia.
Além disso, o governo também vai iniciar a verificação da folha de pagamentos do Estado com as das prefeituras baianas. Os servidores contratados por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) também estão passando por um recadastramento devido a denúncias de que alguns não compareciam ao serviço.
Entre as irregularidades mais graves constatadas até agora de  servidores com benefícios indevidos, estão mortos inscritos na folha (com alguém sacando o salário), servidores que  acumulam mais de um vínculo ilegal em estados diferentes ou os que tiram licença por motivos particulares e não retornam mais aos postos de trabalho, além  de
funcionários aposentados por invalidez permanente pelo Instituto Nacional de Seguridade Social e inscritos como servidores estaduais.
Inspeção – Em 2008, as equipes da Saeb inspecionaram 31.375 servidores em 349 órgãos. A administração da Bahia já realizou batimento de folha com os estados de São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Ceará.  
Conforme o secretário da Administração Manoel Vitório, a partir do convênio assinado com o Ministério do Planejamento, será possível a troca de informações sobre servidores estaduais do Poder Executivo e os servidores federais constantes da base de dados da União. “Possíveis situações de irregularidade ou de incompatibilidade nas áreas de previdência, folha de pagamento, de benefícios e de acumulação de cargos serão, assim, detectadas e analisadas conjuntamente para que nós possamos tomar as medidas cabíveis”, disse.
A Saeb considera a condição de “duplo vínculo ilegal” o caso do servidor contratado em regime de dedicação exclusiva (40h semanais) que acumula outro posto de servidor em outros estados ou no governo federal, o que seria humanamente impossível ele cumprir. Ou seja: ele trabalha em um local e recebe salário em dois. As verificações encontraram nessa condição professores, médicos, enfermeiros, dentistas e policiais. O processo de demissão dos servidores irregulares é longo. Desde que o trabalho de levantamento foi iniciado pela Saeb em 2007, dos 5.165 casos onde foi constatado algum tipo de distorção, apenas 111 já foram demitidos.

Teixeira de Freitas e Itamaraju vão fazer parte da Costa das Baleias – Site Bahia dia-a-dia

Eunápolis e Itabela serão incorporados à Costa do Descobrimento

PORTO SEGURO - O Ministério do Turismo acaba de fazer um novo mapeamento das regiões turísticas da Bahia. Segundo as novas diretrizes, Eunápolis e Itabela passarão a fazer parte da Costa do Descobrimento e Teixeira de Freitas e Itamaraju serão incorporados à Costa das Baleias.
De acordo com a proposta do Ministério do Turismo, para fazer parte de uma região turística, a cidade deve instalar o Conselho Municipal de Turismo e criar um órgão responsável pelo setor. O enquadramento obedece a três critérios: Município Turístico, Município com Potencial Turístico e Município de Apoio.
Para o novo mapeamento entra em vigor precisa ser aprovado pelo Conselho Estadual de Turismo.

Bahia registra mais de 80 mil casos de dengue em cinco meses – Site Bahia dia-a-dia

Quase a metade das notificações da doença se concentra em Salvador, Feira de Santana, Jequié, Itabuna e Porto Seguro

SALVADOR - Enquanto o governador Jaques Wagner comemora a escolha de Salvador como uma das sedes da Copa do Mundo em 2014, a Bahia bate mais um recorde negativo de registros de casos de dengue.
Do começo do ano até 22 de maio, foram registrados no estado 84.402 casos de dengue, o que significa um aumento de 220% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram 1415 casos graves da doença com 55 mortes confirmadas, sendo 28 vítimas menores de 15 anos.
De acordo com a secretaria estadual de Saúde (Sesab), as cidades de Salvador, Feira de Santana, Jequié, Itabuna e Porto Seguro concentram 48% das notificações de casos de dengue.

Delegados concursados protestam contra a não nomeação pelo governo Site Bahia dia-a-dia

Governo alega que há municípios sem necessidade de delegados e que um pode cuidar a dois

SALVADOR - Delegados aprovados no concurso público do estado fincaram 165 cruzes nas margens da avenida de acesso ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta terça-feira, 03. Eles protestam contra a demora do governo em dar posse aos 105 delegados aprovados na seleção da Polícia Civil e que passaram por treinamento de mais de três meses na Academia da Polícia Civil da Bahia (Acadepol). 
As cruzes representam cada município baiano que estaria sem delegado.

Apesar do aumento crescente da criminalidade no interior da Bahia, o governo alega que há municípios sem necessidade de delegados e que um pode cuidar de dois.

Porto Seguro: Polícia prende um dos envolvidos no assalto ao ônibus da CVC

Mais dois suspeitos estão sendo procurados pela polícia, que também já identificou outros dois envolvidos no assalto

PORTO SEGURO - Um dos suspeitos de envolvimento no assalto ao ônibus da CVC ocorrido no dia 12 de maio na estrada de Trancoso, em Porto Seguro, acaba de ser preso na cidade de Camacan, sul da Bahia. 
De acordo com delegado de Porto Seguro Renato Fernandes, Mateus da Silva Guimarães, 18 anos, confessou que faz parte da quadrilha que assaltou e saqueou o ônibus da CVC com 45 turistas. O delegado revelou ainda que para praticar o assalto os bandidos usaram armas artesanais no assalto, como um artefato de madeira que imitava uma metralhadora.
Além de Guimãres, que está preso no Complexo de Porto Seguro, os policiais identificaram dois homens conhecidos como Acácio e Sidone, que também participaram do assalto e estão foragidos. Outros dois suspeitos já foram identificados, mas a polícia não revelou as identidades para não atrapalhar as investigações.

Lula chega a Caravelas para assinar criação de Resex – Site Bahia dia-adia notícias

Manifestantes vão interditar a BR 101 em protesto contra a criação da Reserva Extrativista

CRAVELAS - Para não deixar o Dia do Meio Ambiente, 05 de junho, passar em branco, o presidente Lula e o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc vão dar uma de verde. Eles desembarcam na cidade de Caravelas, extremo sul da Bahia, para assinar a criação da Reserva Extrativista de Cassurubá, uma área de quase 10 mil hectares de manguezal entre Caravelas e Nova Viçosa.
A área é alvo de intensa polêmica. Ambientalistas querem que tudo fique como está, servindo apenas para marisqueiras, catadores de caranguejos e pescadores artesanais. Setores ligados ao turismo defendem a construção de grandes hotéis e resorts no local. Produtores também reclamam que parte da área deva ser utilizada para empreendimentos rurais.
Uma manifestação dos setores contrariados com o decreto presidencial já está programada para acontecer na tarde desta sexta-feira em Teixeira de Freitas. Eles prometem interditar a BR 101 durante 04 horas em protesto contra a criação da Resex que será assinada pelo presidente Lula e seu polêmico ministro do colete.

SSP compra equipamentos por quase R$ 40 milhões e não usa – Site Bahia dia-a-dia noticias

Equipamentos de segurança comprados no ano passado pelo governo Wagner estão encaixotados numa sala do IML

SALVADOR - Mais de 150 municípios do interior da Bahia estão sem delegados. O estado alega que não tem recursos para contratá-los. Centenas de viaturas da polícia estão largadas nos pátios das delegacias e o governo argumenta que não tem dinheiro para a manutenção dos veículos. Além disso, há delegacias na Bahia faltando escrivão, agente, material de limpeza e até papel higiênico.
No entanto, a secretaria de Segurança Pública investiu R$ 39,4 milhões na compra de um novo sistema informatizado de identificação civil e criminal. Todo o aparato está encaixotado, desde o ano passado, numa sala do Instituto Pedro Melo (IML) em Salvador.
A informação está no relatório assinado pelo conselheiro Pedro do Tribunal de Contas do estado (TCE), que recomendou a rejeição das contas do governo Wagner referente a 2008

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Entrevista exclusiva: Prefeito de Salvador João Henrique (PMDB) ao site Bahia dia-dia

Entrevista exclusiva: Prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (PMDB)

O site de notícias “Bahia Dia Dia” entrevistou com exclusividade o prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (PMDB). O prefeito diz que as chuvas deixaram 8 mil famílias desabrigadas em Salvador e que governo do estado ofereceu três máquinas para ajudar às mais de 30 mil pessoas sem abrigo. João Henrique critica o PT que teria sabotado o seu governo e fala sobre a candidatura própria do PMDB ao governo da Bahia.
Eis a entrevista.
Bahia Dia Dia – Se o senhor fosse levar uma pessoa para ver o lugar que foi mias castigado pelas chuvas em Salvador, aonde o senhor levaria essa pessoa?

João Henrique - São tantos os lugares. Mas eu diria que Paripe é o bairro que mais está sofrendo com as chuvas. Muitas casas desabaram, houve deslizamentos de terra, as ruas ficaram completamente alagadas, e é em Paripe que está o maior número de famílias desabrigadas. Hoje, temos 8 mil famílias desabrigadas em Salvador, multiplicando por quatro, que é número médio de pessoas por cada família, são mais de 30 mil pessoas desabrigadas, além de centenas de casas que desabaram, calçamentos que precisam ser refeitos para que as pessoas voltem a circular nas ruas normalmente.

Bahia Dia Dia – Como o governo do Estado está ajudando a prefeitura a resolver essa chuva de problemas?

João Henrique – O governador ofereceu três máquinas para ajudar a retirar a lama das ruas. E eu agradeço muito a ele por essa ajuda. Temos 32 mil pessoas desabrigadas na capital do estado, centenas de casas desabadas, e o governo oferece três máquinas para ajudar a prefeitura. Quando decretamos situação de emergência, em Salvador, as chuvas já caíam torrencialmente na cidade há vários dias. Precisou morrer soterrada uma criança de dois meses de idade para a Defesa Civil do estado reconhecer o nosso decreto de utilidade pública. Depois vieram outras mortes, muitos desabamentos, se o decreto tivesse sido reconhecido há mais tempo, com certeza, algumas mortes, algumas tragédias, teriam sido evitadas. Por outro lado, estive com o ministro Geddel, em Brasília, e ele autorizou na mesma hora a liberação de R$ 30 milhões, além das ajudas emergenciais de cestas-básicas, cobertores, colchões, remédios, para as famílias que estão sofrendo há mais de 30 dias com as chuvas que não param de cair em Salvador.

Bahia Dia Dia – A deputa Maria Luíza, sua esposa, declarou recentemente que deixará o PMDB, caso o partido mantenha a aliança com o PT na eleição para o governo no ano que vem. O senhor apóia a decisão da deputada?

João Henriques – Não. Aliás, ela já explicou essa questão. Ela foi mal interpretada. O que a deputa Maria Luíza quis dizer foi que a aliança com o PT é inviável. Pois, o partido só enxerga o próprio umbigo, só governa para ele mesmo. Só votam neles mesmos. Eles querem o apoio de todos os partidos, mas na hora de apoiar alguém, mesmo um aliado de muitos anos, eles não apóiam. Preferem lançar a candidatura de qualquer pessoa do partido deles, mesmo que seja alguém politicamente insignificante. Só para não apoiar candidatos de outras legendas.

Bahia Dia Dia – Além do PT, quais são os partidos que fazem oposição ao senhor na Câmara Municipal de Salvador?

João Henrique – O PT é único partido que me faz oposição na Câmara. Na última quinta-feira [dia 21 de maio], a Câmara aprovou a prestação de contas da prefeitura referente ao exercício de 2008. Dos 41 vereadores, tivemos 37 votos a favor da aprovação das contas. Apenas 4 votos contrários desses radicais, que ainda fingem que nos querem como aliados.
Em 2006, na eleição de governador, nós apoiamos o candidato deles que tinha 3% dos votos nas pesquisas. Portanto, foi a força do PMDB, foi a energia e a determinação do ministro Geddel que fez com que ele saísse de 3% e ganhasse a eleição no primeiro turno para o governo da Bahia. E agora? Qual é o tratamento que está sendo dado por esse governo, que nós ajudamos a eleger, aos prefeitos e às lideranças do PMDB? Mas a história não para, o tempo anda. Em 2010 daremos uma resposta a esses que subiram na política, graças à força do PMDB, mas nos tratam como se fossemos adversários. O PMDB está mais forte do que nunca e eles vão se arrepender da maneira como estão tratando as lideranças do partido.
Bahia Dia Dia – O PT de Salvador ocupou até um ano antes da eleição a secretaria da Saúde do município, que foi um dos setores mais criticados da sua administração no primeiro mandato. Pode ter havido sabotagem na gestão da Saúde já que o PT pretendia lançar um candidato do partido para disputar a eleição com o senhor?

João Henrique – Se o que eles fizeram não foi sabotagem, o que terá sido então? Deixaram a Saúde do município numa situação lastimável. Fizeram isso de propósito. É evidente que pretendiam com isso desgastar o meu governo, me enfraquecer, já que não iam apoiar a minha reeleição. De última hora, eles tiraram do fundo do baú um candidato do partido deles para disputar a eleição comigo. Sempre fazem isso. Querem apoio de todos os partidos, mas não apóiam ninguém. Preferem lançar, mesmo que seja para perder, qualquer candidato deles. Faziam parte do meu governo, tinham secretarias importantes, como a da Saúde, mas como só pensam neles chegaram ao ponto de sabotar a Saúde para tentar prejudicar a minha administração.

Bahia Dia Dia – Está na hora do PMDB lançar uma candidatura própria ao governo da Bahia?

João Henrique – O PMDB está presente nos 417 municípios da Bahia. Temos mais de 100 prefeitos eleitos e quase 300 vereadores, além de importantes lideranças regionais em todo o estado. Hoje, o PMDB tem um líder, um líder que tem coragem e determinação para governar, que é o ministro Geddel Vieira Lima. Como foi dito no encontro do partido em Salvador e repetido aqui no encontro de Itapetinga, a candidatura de Geddel ao governo da Bahia em 2010 não pertence mais a ele, hoje ela é uma vontade do PMDB. Aliás, o senador João Durval Carneiro, que foi o governador que melhor pagou salários aos funcionários do estado, me disse ontem que vai estar no ano que vem na campanha do ministro ao governo da Bahia.

Prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (PMDB)

Em entrevista exclusiva ao site de notícias “Bahia Dia Dia”, o prefeito de Salvador João Henrique Carneiro (PMDB) fala que 8 mil famílias estão desabrigadas em Salvador por causa das chuvas e que o governo do estado demorou a reconhecer a situação de emergência decretada pela prefeitura. João Henrique diz também que o PT só olha para o próprio umbigo e que está na hora do PMDB lançar uma candidatura própria ao governo do estado.

Relator rejeita contas do governo Jaques Wagner

Documento aponta possíveis irregularidades no pagamento de R$ 1,6 milhão a uma empresa, envolvida em denúncias de pagamento de propinas

SALVADOR - Nesta quarta-feira, 02, o conselheiro Pedro Lino, relator da prestação de contas do governo Jaques Wagner referentes a 2008, leu o seu parecer no plenário do tribunal propondo a rejeição das contas.
Entre as possíveis irregularidades apontadas, o relatório menciona o pagamento de mais de R$ 1,6 milhão à empresa Júlio Simões, que estaria envolvida em denúncias de superfaturamento e pagamento de propinas a coronéis da Polícia Militar no caso recente da compra de viaturas policiais.
O documento aponta ainda o cancelamento de empenhos já liquidados, no valor de R$ 251 milhões, sem conhecimento dos secretários e dos responsáveis pelo pagamento.
Nos bastidores do TCE, acredita-se que os outros conselheiros não seguirão o voto do relator, embora possa haver surpresa de última hora. O relatório será votado no dia 16.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Qual é o inquilino mais infeliz do mundo?

Você mora de aluguel? Se sente infeliz? Então talvez lhe conforte saber que existem pessoas em situação pior que a sua.
Sabe qual é o inquilino mais infeliz do mundo?

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É o espermatozóide.

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Mora com milhões de irmãos na casa do cacete .
O apartamento é um ovo.
O prédio é um saco.
Os vizinhos da frente, uns pentelhos.
O de traz, só faz merda.
E o proprietário quando fica duro bota todo mundo pra fora.

Após 4 anos, Supremo põe fim a impasses sobre Lei de Recuperação de empresas

Andréia Henriques - 31/05/2009 - 11h30

A Lei 11.101 foi sancionada em 2005, mas os principais conflitos resultantes da recente norma foram solucionados na última semana pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em decisões complementares, a Corte definiu a competência do órgão do Judiciário para cuidar da matéria e afirmou que a exclusão de qualquer responsabilidade do comprador está em plena sintonia com a Constituição Federal.

Em dois dias, os ministros colocaram fim a dois grandes debates trazidos com a nova lei de falências. Na quarta-feira (27/5), ao Supremo declarou a constitucionalidade dos artigos que isentam as empresas compradoras do patrimônio de uma empresa em recuperação ou falência da responsabilidade por dívidas trabalhistas.

A Lei 11.101/05 estabelece que na falência não há sucessão do adquirente em obrigações trabalhistas decorrentes de acidente de trabalho, tributárias ou de qualquer natureza quando ele adquire uma unidade produtiva da empresa falida.

O artigo 60 fala que a empresa que adquire uma unidade produtiva na recuperação judicial não sucede qualquer obrigação do adquirente, inclusive as tributárias. O inciso II do artigo 141 define que “o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho”.

No entanto, havia decisões, especialmente da Justiça do Trabalho, declarando a sucessão: muitos juízes trabalhistas, seguindo a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) acabavam determinando que o novo comprador deveria pagar os débitos.

Segundo o advogado André Ribeiro, do escritório Felsberg e Associados, os magistrados acreditavam que os dispositivos da lei de recuperação eram ilegais e, assim, aplicavam de forma irrestrita os artigos 10 e 448 da legislação trabalhista. O artigo 10 da CLT diz que qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afeta os direitos adquiridos por seus empregados. Já o artigo 448 determina que qualquer mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.

Em seu voto proferido no plenário, o ministro Ricardo Lewandowski, relator da Adin (ação direta de inconstitucionalidade) de autoria do PDT (Partido Democrático Trabalhista), afirmou que a Lei 11.101 resultou de um amplo debate na sociedade com os setores envolvidos. Para ele, o fato de as compradoras não assumirem os débitos por sucessão não significa um prejuízo para os trabalhadores.

“A lei trouxe um aumento da garantia dos trabalhadores. Os valores utilizados na compra de partes das empresas ficam disponíveis ao juízo da recuperação e são utilizados prioritariamente para pagar as dívidas trabalhistas”, afirmou o relator, que foi acompanhado por todos os ministros presentes à sessão. (Leia a íntegra do voto aqui).

O ministro Cezar Peluso, que seguiu integralmente o relator, disse que a lei seria “absolutamente inútil” se determinasse a sucessão integral das dívidas trabalhistas.

Para o advogado Cristiano Martins, especialista em recuperação, o pronunciamento do Supremo de que a exclusão da responsabilidade do adquirente de ativos na recuperação judicial ou na falência está de acordo com a Constituição deve ser aplicada pelos juízos competentes.

“A empresa compradora não deve arcar com qualquer tipo de dívida da em recuperação. Esses julgados acabam dando uma segurança adicional àqueles que se interessarem por adquirir ativos dessa em recuperação ou em falência”, ressalta o advogado. “Uma vez que a Suprema Corte firmou esse posicionamento, os demais órgãos do país deverão segui-lo, aumentando a segurança dos compradores de ativos.”

Fábio Ulhôa Coelho, advogado especialista em direito empresarial, destaca que a decisão do STF confere segurança a todos os operadores do direito. Segundo ele, enquanto pendia a dúvida quanto à constitucionalidade dos artigos que excluem a sucessão, empresários ficavam receosos em adquirir estabelecimentos em recuperação, o que inviabilizou muitos negócios.

O advogado afirma que a Justiça do Trabalho, que também não tinha um entendimento pacífico sobre a sucessão, deverá deixar de aplicar a CLT e aplicar a Lei de Recuperação.

Competência

Na quinta-feira (28/5), os ministros tomaram outra decisão que fortalece a nova lei. Eles entenderam que a competência para decidir sobre o pagamento de créditos trabalhistas de empresas em falência ou recuperação é da Justiça Cível. A decisão terá repercussão geral, ou seja, a vara empresarial é o órgão do Poder Judiciário competente para decidir a respeito dos pagamentos dos créditos, incluídos os de natureza trabalhista.

Outra polêmica criada com lei de recuperação, a competência para julgar ações da empresa em falência ou recuperação já tinha pronunciamentos da Justiça. Precedentes do próprio STJ (Superior Tribunal de Justiça) indicavam que o juízo da recuperação é responsável por analisar os casos.

Em janeiro de 2009, o STJ concedeu liminar para suspender a execução da dívida trabalhista da Varig assumida pela Gol Linhas Aéreas por entender que, como a Varig se encontra em recuperação judicial, a execução dos créditos individuais deveria ser realizada na Justiça Estadual. A ação trabalhista estava tramitando na 13ª Vara do Trabalho de Goiânia (GO).

Em outra liminar, de maio de 2008, o ministro Ari Pargendler suspendeu a execução dos débitos trabalhistas da antiga Varig, arrematada em leilão pela Gol, até o julgamento do mérito do conflito de competência. No caso, a execução foi determinada pela 3ª Vara do Trabalho de Recife (PE).

Na decisão da última quinta, os ministros do Supremo analisaram um recurso extraordinário apresentado contra decisão do STJ que declarou competente o Juízo de Direito da 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro para decidir a respeito da forma de pagamento dos créditos previstos no quadro de credores e no plano de recuperação da VRG Linhas Aéreas.

Ricardo Lewandowski, também relator do recurso, destacou que a doutrina e a jurisprudência determinam que a execução de todos os créditos, inclusive os trabalhistas, é do juízo falimentar. (Leia a íntegra do voto do relator aqui).

O advogado Cristiano Martins, que atuou no caso, lembra que quando a lei começou a ser aplicada ainda havia uma dúvida se o adquirente poderia vir a ser acionado em outros órgãos da Justiça como um sucessor da empresa em recuperação.

“Agora, com esse julgamento, em sede de repercussão geral, tem-se definido, de uma vez por todas essa competência exclusiva, elevando o grau de segurança jurídica daquele que opta por adquirir um ativo num processo de recuperação judicial ou de falência”, afirma, ressaltando que não há mais a possibilidade de nenhum órgão interferir nas decisões proferidas nos processos de recuperação judicial.

.De acordo com o advogado, os tribunais agora terão a oportunidade de se retratar sobre qualquer decisão anterior que mantinha a empresa adquirente de ativos como sucessora