Juiz solicita imagens de assalto que provocou morte de espanhol

Empresário José Orge Vidal, 69 anos, que foi atropelado por um ônibus, após um assalto

Foto: Antonio Saturnino/CORREIO

Jeferson "Sariga" tem 3 passagens pela polícia

Redação CORREIO

Foi realizada nesta sexta-feira (15), na 17ª Vara Criminal do Fórum Criminal Desembargador Carlos Souto, no bairro de Nazaré, em Salvador, a 2ª audiência do caso da morte do empresário espanhol José Orge Vidal, 69 anos, que foi atropelado por um ônibus, após um assalto em um semáforo da Rua Politeama de Cima, em novembro de 2010.

O acusado, Jeferson Bonfim Maciel, 27, conhecido como “Sariga”, foi identificado como o homem que aparece em imagens de uma loja assaltando o espanhol que se desequilibrou e cai sob um ônibus. Quando foi preso, ele ainda estava com a bermuda e os chinelos que aparecem sendo usados no vídeo.

Segundo a advogada de acusação, Niamey Karine, o juiz Francisco de Oliveira Bispo solicitou as imagens captadas pela loja e estipulou um prazo de cinco dias para a apresentação. As imagens serão avaliadas pelo promotor responsável pelo caso e, em seguida, haverá o julgamento.

Além do acusado, que nega ter empurrado o espanhol, cinco testemunhas prestaram depoimento: o motorista e o cobrador do ônibus e três policiais que efetuaram a prisão de “Sariga”.

Abordagem

O empresário perdeu a vida por causa de um aparelho celular. Dono de um estacionamento, José Orge atravessava diariamente, havia 10 anos, pela faixa de pedestre na esquina da Politeama com a Avenida Sete, a caminho do trabalho. No dia do crime, ele aguardava para fazer a travessia quando um assaltante se aproximou e enfiou a mão no bolso dele.

José Orge, de 69 anos, se desequilibrou quando o assaltante enfiou a mão no bolso dele

O espanhol se assustou e virou. Foi quando perdeu o equilíbrio e caiu na pista, sendo atropelado por um ônibus. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Segundo a família de José Orge, o assaltante levou apenas o celular.

Prisão

Jeferson foi preso ano passado, na Praia da Preguiça, na Avenida Contorno. Na época, Jeferson negou que tenha cometido o crime. “Sariga” tem três passagens pela polícia por roubo e uso de entorpecentes. Caso seja condenado, ele pode ficar preso por até 30 anos.