Vandalismo provoca prejuízo de R$ 2,4 mi
Hieros Vasconcelos l A TARDE
Aparelhos de ginástica, esculturas, mudas de plantas, brinquedos de praças, bancos, mesas, projetores. Todos estes itens, constantemente, têm sido alvo do ataque de vândalos na capital baiana. A Prefeitura do Salvador informa ter gastado, em 2010, R$ 2,4 milhões (R$ 2,495.387,17) para recuperar espaços, equipamentos e bens públicos destruídos por populares ao longo do ano.
Mensalmente, os órgãos municipais contabilizam uma média de 100 casos de roubo de papeleiras, placas de granito, fios de cobre, torneiras e pias de estações de transporte, além da depredação de praças, estátuas, bebedouros de postos de saúde, pichações em muros e prédios.
Do total gasto, R$ 600 mil foram utilizados pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), órgão ligado à Secretaria Municipal de Transporte e Infraestrutura (Setin), apenas na recuperação de praças que tiveram brinquedos, bancos, estátuas, gradis e jardins destruídos.
“A impressão que nós temos é que as pessoas desconhecem que esses bens lhes pertencem, são construídos com dinheiro público. Temos um gasto de R$ 100 mil por mês”, diz o presidente da Desal, Euvaldo Jorge.
Psicólogo - Para o psicólogo, psicoterapeuta e professor da Unime, Faculdade Social da Bahia (FSBA) e Instituto Adventista da Bahia, Emanuel Pereira, o vandalismo é característico de cada cidade e do momento cultural que ela vive.
No caso de Salvador, ele acredita que a ausência do poder público na vida da população causa revolta e descrença nas melhorias de qualidade de vida. “Salvador está passando por um processo de abandono, uma crise de identidade municipal. Ao invés de as pessoas cooperarem para o melhor desenvolvimento da cidade, acabam reproduzindo um tipo de violência, mesmo que isso leve a uma deterioração ainda maior dessa cidade”, explica.
Serviço
Denúncias de ataques a monumentos e logradouros podem ser feitas pelo telefone da Setin: 2109-3600
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