quinta-feira, 31 de março de 2011

Espanhol é condenado a 30 anos de prisão por matar taxista

Crime aconteceu em setembro de 1984 e acusado ficou mais de 20 anos foragido


Foto: Marina Silva

Espanhol foi condenado a 30 anos de prisão

Redação CORREIO

O espanhol que matou o taxista Zigomar Albuquerque do Sacramento 26 anos atrás foi julgado nesta quinta-feira (31) e condenado a 30 anos de prisão em regime fechado, segundo informações do Tribunal de Justiça da Bahia. A defesa de Francisco Ramiro Ferreiro Espasandim, 52 anos, ainda pode recorrer da decisão, mas ele aguardará qualquer recurso preso.

Na sentença do juiz José Vilebaldo Freitas Pereira, o espanhol foi considerado como tendo um tipo de personalidade "violenta, perversa e extremamente agressiva". Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado - motivo fútil e meio cruel.

O julgamento terminou por volta das 19h50 em meio a muita comoção da plateia e de familiares do taxista. "A Bahia tem homem!", gritavam, em resposta ao que o espanhol disse ao chegar à 2ª Vara do Júri hoje pela manhã - justamente que a Bahia "não tinha homem".

O espanhol espancou o taxista até a morte em 30 de setembro de 1984, no motel Vips, em Lauro de Freitas. Além dele, o também espanhol Isauro Pazos Gerpe, 63 anos, é acusado pelo crime e está foragido.

Relembre o caso
O crime aconteceu quando Zigomar Albuquerque do Sacramento e sua esposa Edina Sacramento foram comemorar o aniversário de casamento no Motel Vips, em Lauro de Freitas. Por volta das 14h30, quando pretendia sair, o casal foi impedido porque a camareira havia identificado e informado à portaria que o cliente havia escrito na parede do apartamento a palavra “Zigom” e a letra “Z”.

A camareira chamou Francisco, que era gerente do motel, e ele chamou Isauro. Os dois trancaram o taxista no quarto e o espancaram até a morte. A esposa de Zigomar foi trancada no escritório e também foi espancada posteriormente. Depois, os acusados levaram o corpo do taxista e abandonaram perto de um outro motel - e soltaram Edina informando a ela que seu marido estava em uma delegacia de polícia.

A prisão preventiva dos gerentes do motel foi decretada em 10 de outubro de 1984, mas eles fugiram. Francisco ficou foragido por mais de vinte anos, até dezembro de 2008, quando foi preso no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, quando tentava embarcar para a Espanha.

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