sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Eleito presidente da câmara, Mangueira quer fim da verba indenizatória

Thais Rocha*, do A TARDE, e Agência Estado

O vereador Alfredo Mangueira (PMDB) foi eleito presidente da Câmara Municipal de Salvador na manhã desta sexta-feira, 2. Ele recebeu 28 votos dos 41 possíveis e não foi o único candidato, como esperado. De última hora, a bancada formada pelo PT e pelo PC do B apresentou chapa própria, liderada pela vereadora Vânia Galvão (PT). A chapa petista recebeu seis votos, e houve sete votos em branco. Logo depois de eleito, Mangueira anunciou que sua primeira proposta será o fim da verba indenizatória concedida aos parlamentares, principal motivo de atrito entre o ex-presidente da Câmara, Valdenor Cardoso, e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que considera o benefício ilegal.

Também foram eleitos para ocupar cargos na presidência da câmara os vereadores Paulo Magalhães Júnior (1º vice-presidente, DEM, eleito com 33 votos), Gilberto José (2º vice-presidente, PDT, eleito com 33 votos), Erivelton Santana (3º vice-presidente, PSC, eleito com 34 votos), Sildevan Nóbrega (1º secretário, PRB, 34 votos), Alan Sanchez (2º secretário, PMDB, 34 votos) e Palinha (3º secretário, PSB, 34 votos).

VERBA – Após a eleição, Mangueira anunciou que sua primeira proposta será a extinção da verba indenizatória dos parlamentares, benefício de até R$ 7 mil mensais por vereador destinado ao “custeio do mandato” (gastos como aluguel de carros e ações publicitárias). A verba é o principal motivo de atrito entre o ex-presidente da Câmara, Valdenor Cardoso – que não conseguiu se reeleger e foi nomeado ouvidor da prefeitura –, e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que considera o benefício ilegal e cobra de Cardoso a devolução do dinheiro concedido.

Além da verba indenizatória, os vereadores soteropolitanos têm direito a receber mensalmente R$ 22,3 mil para a contratação de até 20 assessores, R$ 2 mil como vale-combustível, R$ 300 para despesas com celular, R$ 300 para gastos com telefone fixo e R$ 350 para envio de correspondências. O salário recebido pelos parlamentares subiu 29,8% em janeiro: de R$ 7.155,00 para R$ 9.288,00.

CONTRA-CHAPA – A sessão desta sexta-feira estava marcada para começar às 9h30, mas só foi iniciada às 10h45, dadas as articulações finais ocorridas entre a bancada governista e a oposição. Sem fechar um acordo para participar de uma chapa única, vereadores do PT e do PC do B se organizaram em uma contra-chapa que apresentou a vereadora Vânia Galvão como candidata à presidência. Segundo a vereadora Olívia Santana (PC do B), a decisão foi tomada para “apresentar uma alternativa de câmara independente”.

VOTOS BRANCOS – Apesar do esforço de última hora, a chapa oposicionista recebeu seis votos, um a menos que os que lhe seriam concedidos caso todos os vereadores de sua bancada (sete, no total) votassem em bloco. Os 28 votos recebidos por Mangueira também sugerem que o acordo entre seu grupo não foi total, já que a bancada de apoio ao PMDB é formada por 34 vereadores.

*com redação de Guilherme Lopes, do A TARDE On Line.

Um comentário:

Anônimo disse...

idenização de quê, eles cossam o saco o dia todo, (isso no dia que estão por lá)e ainda querem ser indenizado não entendi?