segunda-feira, 5 de março de 2012

Cocaína que passa pelo Ceará chega a valer 100 mil dólares no exterior


Cocaína que passa pelo Ceará chega a valer 100 mil dólares no exterior


Cerca de 800 quilos de drogas já foram apreendidas no Ceará em 2012, de acordo com a Polícia Federal. O número já corresponde a 62% de todo o material recolhido em 2011. Pela privilegiada localização, Fortaleza é um dos principais elos entre os produtores e os usuários dos entorpecentes, principalmente na Europa. Quando chega até o Japão, por exemplo, o quilo da droga chega a custar 100 mil dólares.
Segundo o Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado (DRCOR) da Polícia Federal, Antônio Tarcísio de Abreu Junior, o aumento de ações policiais vem inibindo a atuação dos traficantes. “Estamos percebendo a diminuição nas apreensões de algumas forma de tráfico o que significa que os traficantes estão com medo de desembarcar em Fortaleza”, afirmou.
Apreensões
Antônio Tarcísio Júnior disse que o trabalho desenvolvido pela Polícia Federal no Ceará é muito exitoso, principalmente no Aeroporto Internacional Pinto Martins. Em 2011, foram apreendidos 490 quilos de cocaína e 804 quilos de maconha.
O Delegado Regional de Combate ao Crime confirmou que há uma grande diferença entre a fiscalização no aeroporto em relação a outras possíveis “portas de entrada”, como por exemplo os portos. “Ainda não há fiscalização efetiva nos portos do Pecém e de Mucuripe porque é muito grande o fluxo de cargas no local”, disse.
Segundo Tarcísio, estão sendo intensificadas as ações de inteligência para identificar a entrada de contêineres suspeitos. “Estamos fazendo parcerias com outros Estados e países para identificar mais rapidamente a entrada dos entorpecentes”, garantiu o delegado.
Rotas
Segundo a Polícia Federal, as duas rotas mais importantes de drogas que passam pelo Ceará transportam cocaína e maconha.
A primeira, parte de países como Colômbia, Peru e Bolívia por vias terrestres até Estados fronteiriços como Amazonas, Rondônia e Acre. A droga chega, principalmente a Fortaleza, em aviões e daí são distribuídas para outros países.
Confira com mais detalhes no infográfico:
Já a rota da maconha sofreu alteração nos últimos anos depois do aumento de ações no famoso “Polígono da Maconha” no Estado de Pernambuco. Atualmente, a maior quantidade do material sai do Paraguai em direção a São Paulo, que faz a distribuição pelos outros Estados.
Falta de efetivo
O sucesso das ações ainda depende do aumento do efetivo. De acordo com Tarcísio, os equipamentos utilizados são suficientes para o sucesso do trabalho, mas ainda é preciso investir na contratação de fiscais para cobrir a demanda. Ele anunciou a chegada de dois novos cães farejadores para contribuir com os trabalhos desenvolvidos em Fortaleza.
Fonte:Jangadeiro

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