sexta-feira, 8 de maio de 2009

CPI dos grampos indicia Daniel Dantas por escutas ilegais

Agência Câmara - 07/05/2009

A CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas aprovou, nesta quinta-feira (7/5), o relatório final elaborado pela deputada Iriny Lopes (PT-ES), que pede ao Ministério Público o indiciamento do banqueiro Daniel Dantas por escuta telefônica ilegal.

Além de Dantas, foram aprovados outros quatro pedidos de indiciamento, mas ficaram fora do relatório o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz e o ex-diretor-geral da Abin Paulo Lacerda, que haviam sido citados nos votos em separado apresentados por outros integrantes da CPI.

Para assegurar a aprovação do seu texto, Iriny Lopes garantiu que vai mandar todos os relatórios ao Ministério Público, a quem caberá avaliar se eles merecem ser indiciados.

A deputada do Espírito Santo optou por seguir a mesma linha de trabalho do antigo relator, o deputado licenciado Nelson Pellegrino, e não incluiu nos pedidos nomes de pessoas já envolvidas em inquéritos ou ações penais.

Outros indiciamentos
Foram mantidos no relatório aprovado os seguintes pedidos de indiciamento da delegada de polícia Eneida Orbage de Brito Taguary, do detetive particular Eloy de Ferreira Lacerda, do investigador Augusto Peña e do sargento da Aeronáutica Idalberto Martins de Araújo.

O presidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), apresentou um voto em
separado. Ele pede os indiciamentos dos delegados da Polícia Federal Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz, do banqueiro Daniel Dantas e do ex-diretor-adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) José Milton Campana.

Entre os votos em separado que serão enviados ao Ministério Público, o que pede o maior número de indiciamentos foi elaborado pelos deputados do PSDB Gustavo Fruet (PR), William Woo (SP), João Campos (GO), Vanderlei Macris (SP) e Paulo Abi-Ackel (MG), e pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE).

Além de Dantas, o texto sugere ao Ministério Público que estude o indiciamento por improbidade administrativa doministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), brigadeiro Jorge Felix; dos delegados federais Paulo Lacerda, Protógenes Queiroz e
Renato da Porciúncula; dos agentes da Abin José Milton Campana, Paulo Maurício Fortunato
Pinto, Nery Kluwe e Márcio Seltz.

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