segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

RJ - PMs denunciam péssimas condições de trabalho em UPPs e garantem greve



PMs denunciam péssimas condições de trabalho em UPPs e garantem greve

Paralisação inclui policiais civis e bombeiros. Corporação não trabalha com hipótese de greve



Enquanto aguarda um posicionamento do governo e da corporação sobre o movimento grevista, integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro dão claros indícios de que a greve no começo de fevereiro é inevitável. Ao Jornal do Brasil, um grupo de policiais militares lotados em Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) denunciou uma série de irregularidades que afligem o carro-chefe da política fluminense no quesito segurança pública .
Baixos salários, escalas de trabalho que superam 70 horas semanais, agentes de outros municípios forçados a viver nas UPPs em função do sistema deficitário de vale-transporte oferecido pelo governo do estado,  gratificações incompatíveis com determinadas funções, problemas no "bico legalizado" do Proes. Estas são apenas algumas das razões pelas quais, segundo os integrantes do movimento grevista, foi escolhido o dia 8 de fevereiro como data limite para receber algum posicionamento das autoridades.
Do contrário, o Rio de Janeiro corre o risco de ficar sem o policiamento rotineiro a partir do dia 10 de fevereiro. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros também dão sinais de que podem aderir ao movimento, o que instalaria o verdadeiro caos no estado. 
O perfil dos nossos governantes é o daquela pessoa que paga para ver. Eles vão esperar o problema estourar para depois vir tentar remediar. Desde a nossa reunião com o comandante-geral Erir Ribeiro (no dia 12 de janeiro), não tivemos posicionamento algum das autoridades", revela o cabo João Carlos Soares Gurgel, um dos líderes do movimento grevista. "O escudo deles é o nosso regulamento covarde e institucional, que pode mandar nos prender em caso de rebeldia. Hoje, vivemos em condições análogas à escravidão". 
Caso a greve se confirme, a tendência é que o Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) sejam acionados emergencialmente, já que a greve não é unânime entre eles. Isso acontece porque os dois são os batalhões que recebem as melhores gratificações da corporação. 
"Como o Bope tem uma boa visão na sociedade, a ideia de governo é colocá-los para reprimir qualquer movimentação, como fizeram com os bombeiros. Também temos o apoio de alguns membros do Bope. Na passeata de domingo, onde reunimos 25 mil pessoas, eles também compareceram", aponta o cabo Gurgel. "Eles sabem que recebem uma boa gratificação mas, se forem baleados numa operação e colocados fora de combate, voltam a ganhar o mesmo que qualquer policial militar. A nossa luta é pela incorporação dessas gratificações. 
Denúncias
Ao JB, os policiais militares lotados em UPPs garantem que o movimento ganhou força nas comunidades pacificadas. A ideia deles é se aquartelar e cessar as atividades até que o governo responda às reivindicações. 
"A situação nas comunidades com UPPs realmente vai ficar complicada. Elas ficarão fragilizadas", disse um dos policiais, que também denunciou uma suposta venda irregular de folgas entre os agentes. "Como os policiais que moram no interior não conseguem voltar para casa, já que recebem um vale-transporte de apenas R$ 90, eles acabam vendendo folgas para outros companheiros". 
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que "o comando-geral da não considera a possibilidade de paralisação de atividades - que é, cabe ressaltar, vedada pela Constituição Federal a militares, tanto federais, quanto estaduais". A corporação também informou que mantém diálogo com os representantes do movimento de greve. 
Sobre as denúncias de policiais forçados a viver nas UPPs, o comando-geral apontou que a solução do problema tem sido a transferência gradativa dos agentes para os seus municípios de origem, e que apenas 129 dos 3.932 policiais lotados em comunidades pacificadas estão nesta situação. A assessoria de imprensa também negou ordem de prontidão na véspera da data programada para a greve.
A Polícia Militar não comentou a possibilidade de usar o Bope para intervir nas comunidades pacificadas caso a greve aconteça.
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DF - Governador anuncia promoção para 2.850 policiais militares



Governador anuncia promoção para 2.850 policiais militares

Medida do GDF garantirá progressão funcional dentro da legalidade para PM’s. Medida, prevista no orçamento, terá impacto de R$ 7 milhões ao ano

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, anunciou que promoverá cerca de 2.850 policiais militares. As promoções tinham sido suspensas em dezembro de 2011 devido a uma imposição legal apontada pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF). O GDF buscou solução para um problema gerado pela gestão anterior, que concedeu benefícios de forma irregular. Para não penalizar os policiais por um erro do passado, Agnelo, por meio da Casa Militar e da Procuradoria do DF, determinou que se buscasse uma solução. Assim, o governador fará, já na próxima semana, a promoção retroativa a dezembro daqueles policiais que esperavam as promoções no final do ano passado. A solução passa por considerar aqueles que estão requisitados por outros órgãos, como se estivessem na corporação. Assim, fica vedada a possibilidade de outro policial ser promovido para ocupar o cargo daquele que está desempenhando função em outro órgão.

A promoção de um policial agregado abria diretamente outra vaga de promoção para um PM que estivesse dentro da corporação. No final de 2010, muitos policiais foram colocados na situação de agregados, ou seja, foram requisitados da PM para ocupar cargos em outros órgãos do governo. E a promoção destes, na época, provocou um efeito cascata dentro da PM, excedendo o limite legal. Para evitar que isso ocorra novamente, agora não será permitida, conforme entendimento do TCDF, promoção por agregado. Na prática, significa que a promoção de um policial fora da corporação não abrirá automaticamente, como antes, outra vaga para quem está dentro da corporação. A suspensão da promoção em dezembro foi feita para não repetir o erro e colocar sob ameaça de ilegalidade as promoções futuras. “Agora, sim, realizamos as promoções de forma segura, dentro da legalidade, cumprindo as recomendações do TCDF. É o meu compromisso com a valorização dos policiais militares e bombeiros, que mantenho como prioridade no meu governo”, garantiu o governador.

O governador anunciou a promoção depois de reunião com o presidente da Câmara Legislativa, o secretário chefe da Casa Militar; o procurador geral do DF; os comandantes da Polícia Militar, e do Corpo de Bombeiros, coronel Gilberto Lopes, e o deputado distrital Ailton Gomes.  A medida terá impacto de R$ 7 milhões ao ano e está prevista na legislação e no orçamento.
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PMs e bombeiros fazem protesto por melhores salários no Rio



Os policiais e bombeiros do Rio cobram reajuste salarial e ameaçam entrar em greve
Policiais militares e bombeiros do Rio de Janeiro fizeram um protesto na manhã deste domingo na avenida Atlântica, em frente ao hotel Copacabana Palace, para cobrar melhores salários e condições de trabalho do governo estadual. Os servidores ameaçam entrar em greve pouco antes do começo do Carnaval, em fevereiro.
De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, a manifestação teve início por volta das 10h e se estendeu até as 13h deste domingo. Como o protesto ocorreu junto à orla de Copacabana, na via que permanece fechada nos finais de semana, o tráfego de veículos não foi comprometido.
O movimento ganhou força nas redes sociais e muitos manifestantes utilizaram o Facebook para organizar o deslocamento de policiais de outras cidades do Estado. Servidores da guarda municipal também fizeram parte do protesto.
Com faixas e cartazes, eles cobraram do governador mais investimento na segurança pública. "Senhor governador, chega de esmolas. Queremos um salário justo", dizia uma das faixas carregada pelos policiais e bombeiros. O Rio de Janeiro tem o pior salário da categoria em todo o País.
Em 2011, bombeiros foram presos após ocuparem o quartel-general da corporação. Eles chegaram a entrar em confronto com o Batalhão de Choque e com agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Fonte:TERRA
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Cantora Rita Lee desacata PM de Sergipe



Rita Lee é liberada após prestar depoimento em Aracaju
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MARCUS PRETO
ENVIADO ESPECIAL A ARACAJU
Atualizado às 14h23.
A cantora Rita Lee, 64, foi liberada após prestar depoimento e assinar um boletim de ocorrência numa delegacia de Aracaju (SE). Ela foi detida por policiais ao fim do último show de sua carreira, no Festival Verão Sergipe 2012.
O imbróglio começou no meio do show, quando a cantora afirmou ter visto membros de seu fã clube --que viaja atrás dela pelo Brasil para vê-la ao vivo-- sendo agredidos por policiais.
Marcus Preto/Folhapress
Rita Lee presta depoimento em Aracaju
Rita Lee presta depoimento em Aracaju
Primeiro, declarou que não os queria em sua apresentação. Ainda calma, disse: "Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho".
Mas, quando os policiais vieram para a frente do palco, formando uma parede humana de frente para ela, a cantora se alterou. Lembrou já ter vivido o período da ditadura e disse não ter medo deles. Chamou os PMs de "cavalo", "cachorro" e "filho da p***".
Terminado o show, Rita foi levada pela polícia à delegacia.
O boletim de ocorrência foi tipificado como "desacato e apologia ao crime ou ao criminoso (art. 287 do Código Penal)". "A sensatez falou mais alto no momento, por isso a polícia não parou o show", disse o tenente-coronel Adolfo Menezes, responsável pelo policiamento da apresentação.
A ex-senadora e hoje vereadora de Maceió Heloisa Helena (PSOL), que assistiu ao show, já estava na delegacia antes mesmo de Rita chegar. Foi solidária à cantora e assinou o B.O. como testemunha a seu favor. No mesmo boletim, Rita disse que "todo o ocorrido se deu como uma reação emocional, provocada pela ação truculenta desnecessária".
O governador Marcelo Déda (PT), que também assistiu à apresentação, disse ter testemunhado "um espetáculo deprimente" por parte de Rita. "A polícia não tinha feito nenhum tipo de ação que justificasse [a atitude da cantora]", declarou.
Para o governador, a cantora tentou colocar o público --estimado em 20 mil pessoas pela organização-- contra os policiais, o que poderia levar a uma "confusão generalizada".
No Twitter, Beto Lee, filho de Rita, protestou: "A policia de Aracaju levou minha velha para a delegacia. Bando de frouxo". A própria cantora tuitava enquanto era escoltada pelos policiais: "Tô indo p/ a delegacia...a polícia d Aju ñ gosta d mim mas Sergipe gosta, estou dentro do carro, eles estaaoentravv [sic]".
Pelo microblog, o cantor Lobão também se manifestou: "Mas era soh o que faltava...prender a Ritinha eh de última!".

Vídeos mostram confusão entre Rita Lee e a polícia; veja

Fonte: Folha
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