terça-feira, 30 de julho de 2013

RODRIGO CONSTANTINO

RODRIGO CONSTANTINO
Eike Batista está para a economia como Lula está para a política. O “sucesso” de ambos, em suas respectivas áreas, tem a mesma origem. Trata-se de um fenômeno bem mais abrangente, que permitiu a ascensão meteórica de ambos como gurus: Eike virou o Midas dos negócios, enquanto Lula era o gênio da política. Tudo mentira.
Esse fenômeno pode ser resumido, basicamente, ao crescimento chinês somado ao baixo custo de capital nos países desenvolvidos. As reformas da era FHC, que criaram os pilares de uma macroeconomia mais sólida, também ajudaram. Mas o grosso veio de fora. Ventos externos impulsionaram nossa economia. Fomos uma cigarra que ganhou na loteria.
A demanda voraz da China por recursos naturais, que por sorte o Brasil tem em abundância, fez com que o valor de nossas exportações disparasse. Por outro lado, após a crise de 2008 os principais bancos centrais do mundo injetaram trilhões de liquidez nos mercados. Isso fez com que o custo do dinheiro ficasse muito reduzido, até negativo se descontada a inflação.
Desesperados por retorno financeiro, os investidores do mundo todo começaram a mergulhar em aventuras nos países em desenvolvimento. Algo análogo a alguém que está recebendo bebida grátis desde cedo na festa, e começa a relaxar seu critério de julgamento, passando a achar qualquer feiosa uma legítima “top model”.
Houve uma enxurrada de fluxo de capitais para países como o Brasil. A própria presidente Dilma chegou a reclamar do “tsunami monetário”. Os investidores estavam em lua de mel com o país, eufóricos com o gigante que finalmente havia acordado. Havia mesmo?
O fato é que essa loteria permitiu o surgimento dos fenômenos Eike Batista e Lula. Eike, um empresário ousado, convenceu-se de que era realmente fora de série, que tinha um poder miraculoso de multiplicar dólares em velocidade espantosa, colocando um X no nome da empresa e vendendo sonhos.
Lula, por sua vez, encantou-se com a adulação das massas, compradas pelas esmolas estatais, possíveis justamente porque jorravam recursos nos cofres públicos. A classe média também estava em êxtase, pois o câmbio se valorizava e o crédito se expandia. Imóveis valorizados, carros novos na garagem, e Miami acessível ao bolso.
O metalúrgico, que perdera três eleições seguidas, tornava-se, quase da noite para o dia, um “gênio da política”, um líder carismático espetacular, acima até mesmo do mensalão. Confiante desse poder, Lula escolheu um “poste” para ocupar seu lugar. E o “poste” venceu! Nada iria convencê-lo de que isso tudo era efeito de um fenômeno mais complexo do que ele compreendia.
Dilma passou por uma remodelagem completa dos marqueteiros, virou uma eficiente gestora por decreto, uma “faxineira ética”, intolerante com os “malfeitos”. Tudo piada de mau gosto, que ainda era engolida pelo público porque a economia não tinha entrado na fase da ressaca. O inverno chegou.
O crescimento chinês desacelerou, e há riscos de um mergulho mais profundo à frente. A economia americana se recuperou parcialmente, e isso fez com que o custo do capital subisse um pouco. Os ventos externos pararam de soprar. Os problemas plantados pela enorme incompetência de um governo intervencionista, arrogante e perdulário começaram a aparecer.
A maré baixou, e ficou visível que o Brasil nadava nu. O BNDES emprestou rios de dinheiro a taxas subsidiadas para os “campeões nacionais”, entre eles o próprio Eike Batista. O Banco Central foi negligente com a inflação, que furou o topo da meta e permaneceu elevada, apesar do fraco crescimento econômico. Os investidores começaram a temer as intervenções arbitrárias de um governo prepotente, e adiaram planos de investimento.
A liquidez começou a secar. O fluxo se inverteu. E o povo começou a ficar muito impaciente. Eike Batista se viu sem acesso a novos recursos para manter seu castelo de cartas. As empresas do grupo X despencaram de valor, sendo quase dizimadas enquanto as dívidas, estas sim, pareciam se multiplicar. A palavra calote passou a ser mencionada. O BNDES pode perder bilhões do nosso dinheiro.
Já a presidente Dilma, criatura de Lula, mergulhou em seu inferno astral. Sua popularidade desabou, os investidores travaram diante de tantas incertezas, e todos parecem cansados de tamanha incompetência.
Eike e Lula deveriam ler Camus: “Brincamos de imortais, mas, ao fim de algumas semanas, já nem sequer sabemos se poderemos nos arrastar até o dia seguinte”

terça-feira, 9 de julho de 2013

Nos EUA Obama se espanta ao descobrir que porte de armas diminui o crime

Nos EUA Obama se espanta ao descobrir que porte de armas diminui o crime



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Obama pediu para cientistas fazerem um estudo para demonstrar que o porte de armas era responsável pelos crimes nos EUA, que por sinal são bem mais baixos que o Brasil por exemplo:tabela-desarmamento
Ele, em seu “Pré-Conceito” tinha certeza que o estudo provaria que o desarmamento era urgente, porém as estatísticas demonstraram o contrário.
Veja o estudo neste link.
Veja o artigo original neste link
Embora as estatísticas provem mais uma vez que desarmar a população leva a mais crimes violentos, o Presidente Barack Obama e sua comitiva do Congresso não pararam de fazer tudo ao seu alcance para dificultar que os americanos consigam armas de fogo legalmente.
Citando o tiroteio em massa do Sandy Hook no ano passado, os democratas alegaram que devemos restringir a posse de armas e tirar a Segunda Emenda para a segurança de nossas crianças e para o público em geral.
Mas um novo relatório encomendado pela Casa Branca intitulado Prioridades de Pesquisa para reduzir a ameaça de violência por armas de fogo confirmou o que muitos defensores de armas para defesa pessoal têm vindo a dizer há anos. O relatório, encomendado pelo presidente Obama com 23 ordens executivas assinadas na sequência do incidente Sandy Hook, pediu ao Centros de Controle de Doenças (CDC), o Conselho Nacional de Pesquisa e outras agências federais para identificar os “problemas mais comuns na violência com armas de fogo”.
Para a surpresa de seus autores e aqueles que sem dúvida teriam usado o relatório para restringir ainda mais o acesso a armas de fogo para defesa pessoal, o estudo constatou que a posse de armas realmente salva vidas e aqueles que têm uma arma de fogo à sua disposição aumentam suas chances de sobrevivência e reduz sua chance de lesão em caso de serem confrontados por um violento criminoso:
As estimativas dos inquéritos nacionais indicam que o uso de arma na defesa pelas vítimas, pelo menos, tão comum quanto o uso ofensivo por criminosos, variam de cerca de 500 mil para mais de 3 milhões por ano …
A estimativa de 3 milhões de utilizações defensivas por ano é baseado na extrapolação a partir de um pequeno número de respostas feitas a partir de mais do que 19 inquéritos nacionais. A ex-estimativa de 108 mil é difícil de interpretar porque os entrevistados não foram questionados especificamente sobre o uso de arma de defesa.
Questão diferente é se o uso defensivo de armas, numerosos ou raro que sejam, são eficazes na prevenção de lesões para a pessoa que empunha a arma. Estudos que avaliaram diretamente o efeito do uso de armas para defesa(isto é, os incidentes em que a arma foi “usado” pela vítima, no sentido de atacar ou ameaçar um criminoso) encontraram taxas de acidentes sempre inferiores para as armas utilizadas pela vitima da criminalidade em estratégias de auto-proteção.
Considere-se que 3 milhões de pessoas usam uma arma para se defender de danos a cada ano. Isso significa que mais de 8.000 americanos todos os diasagem com força para evitar ferimentos ou morte para si ou para um membro da família.
Além de provas contundentes de que possuir uma arma reduz as chances de lesão, quando atacadas, independentemente de você disparar a sua arma ou não, o novo relatório mostra que houve longo obscurecimento das estatísticas nacionais de décadas que têm sido utilizados para determinar o importância das armas em legítima defesa. Até este estudo tornar-se disponível, os políticos anti-armas muitas vezes citavam os números que indicam que apenas 108 mil pessoas por ano usavam armas em legítima defesa. O novo estudo sugere que esses números estavam fora por mais de 2500%.
O novo relatório da Casa Branca, juntamente com a evidência de Austrália , Grã-Bretanha e o Canadá mostra que o porte de arma pessoal é um caminho para diminuir a violência, ferimentos e morte.
O Presidente encomendou este estudo, na esperança de encontrar uma razão para ter mais leis anti-armas.
O que ele encontrou, no entanto, é que a resposta à violência armada na América é … armar mais americanos.
Veja o vídeo de um brasileiro que mora nos EUA comentando o caso:
Veja como o governo da Suíça incentiva as pessoas a terem armas: Posse de armas na Suiça é incentivado pelo governo
Conheça o Movimento Viva Brasil que faz campanha contra o desarmamento: Viva Brasil

Carta aberta das ruas para a (grande) mídia

Carta aberta das ruas para a (grande) mídia

Por Ewerton Monteiro em 09/07/2013 na edição 754
Depois dos protestos que mobilizaram milhares de pessoas em várias cidades Brasil afora, onde um tiquinho da conta de indignação por “tudo que está aí” caiu no colo de “meio mundo” – culpados ou não –, nem o futebol escapou. As inevitáveis (e algumas equivocadas) mudanças, ou propostas de mudanças seguem ao calor das ruas. Foi assim com as agências policiais, ora minimizando (naturalmente), ora refutando e em alguns momentos até aceitando (?) e chamando-nos para um debate (que vai da desmilitarização às formas de “combate” e controle menos danosos), coisa mais que urgente, mas mais complexa ainda.
Assim, bem ou mal, foi também como agiram os políticos, primeiro na figura oficial do governo, com seus pronunciamentos e propostas; e de igual forma o Congresso, nas votações e debate que permeiam o ambiente.
Com pautas mais diversas possíveis, chegando a ser opostas entre si (o que me levou a vários questionamentos particulares, diga-se de passagem, quanto à coerência e minha “participação” em tais debates e manifestações), o movimento teve/tem lá seus consensos, seja entre manifestantes de esquerda ou de direita (e “apartidários”) e a cobertura (im)parcial da imprensa é um deles, por vezes representados em gritos de ordem, ou/e em faixas e cartazes, mas sobretudo nas redes sociais. De todos os seguimentos cobrados nas manifestações, talvez a grande mídia tenha sido o único a não fazer sua mea-culpa, quanto às “cobranças” e o repúdio popular. A bem da verdade, em principio até ensaiaram (talvez pelos ataques sofridos, mas...), para logo em seguida retomaram a posição inicial e habitual.
Credibilidade minada
Na segunda-feira (1/7), cento e cinquenta jornalistas da Rede Globo encaminharam abaixo assinado ao sindicato da categoria repudiando as “manifestações violentas” sofrida por eles nas manifestações pelo país. Pois bem, ou o recado não foi claro, ou não quiseram entender – e talvez só a mídia não esteja entendendo, na verdade a grande mídia, detentora dos jornalões, revistas nacionais e das TVs. Pois a insatisfação da sociedade com os trabalhos desempenhados fervilha no ceio do movimento. Afinal, foi aFolha (esta com o maior número de jornalistas feridos por policiais) e Estadão que pediram, em editoriais, mais polícia e, assim, mais repressão no inicio dos protestos. Foram Veja e Globo (este com o emblemático artigo de Arnaldo Jabor – que virou piada na Argentina), que desqualificaram os manifestantes como sendo simples vândalos e não noticiando (às vezes, escondendo) as atuações violentas e arbitrárias das polícias.
É essa mesma imprensa que cotidianamente legitima ações policiais (questionáveis) em favelas e deslegitima as mesmas em áreas nobres da cidade. Rodrigo Pimentel, comentarista da TV Globo disse: “Isso é desastroso, uma arma de guerra. Uma arma de operação policial em favelas, não é uma arma pra ser usada no ambiente urbano...”, levando-nos a crer que favelas são em Marte. Da mesma forma, outro jornalista da casa, Jorge Moreno, colunista de O Globo, declarou em seu Twitter: “Crianças dormindo acordaram tossindo por causa do gás de pimenta e das bombas jogadas contra o Leblon. Desta vez, as coisas forma longe demais.” Bom, na Favela da Maré, pode, né? E assim seguem as coberturas jornalísticas, seja em protestos onde são apenas vândalos contra tudo e todos, por nada ou por “alguns vinténs”, seja no dia-a-dia dos mais desfavorecidos, onde os autos de resistência constroem mocinhos e bandidos e são aceitos como “versões oficiais” – por isso mesmo tendo mais destaque, quando não são a única informação do ocorrido.
E assim vimos cenas de repórter da Band ameaçado; unidade móvel do SBT e de afiliada sendo atacados; carro da Record incendiado... E a Globo, que teve o maior número de ataques a repórteres (nem o Caco Barcellos, que no geral “destoa” da política da casa, escapou dos protestos agressivos) a sede da emissora, o que levou profissionais a trabalhar sem o logo da emissora ou fazendo tomadas de helicóptero. Partindo do pressuposto de que os protestos eclodiram não apenas pelos 20 centavos (sendo estes apenas o estopim), mas sim, pelo acúmulo de incongruências, é óbvio também afirmar que a “revolta” contra a imprensa – notadamente a televisiva, pois essa “tem cara” – não foi apenas pela cobertura parcial e tendenciosa das manifestações, mas pelo acúmulo de coberturas desse quilate. Portanto, esconder verdades mina a credibilidade, implantar o medo nas pessoas, dando visibilidade excessiva às ações questionáveis (ou não) dos ditos vândalos para justificar excessos policiais é corroborar com a lei do silêncio, uma censura, algo tão temerário para a sociedade quanto para própria imprensa e que favorece apenas o “inimigo” comum.
Convivência libertadora e digna
Claro que impedir jornalistas de trabalharem é um fato grave, um absurdo antidemocrático, tanto quando perpetrado por policiais como por manifestantes. Não há soluções fáceis, ou mágicas, e todos podem (e devem) buscar formas para convivência com os múltiplos direitos, seja sufocando movimentos fascistas ou divulgando movimentos ilícitos da sociedade.
E se o ocorrido tem o condão de trazer luz e nortear o caminho das autoridades para compreender e atender o desejo da sociedade, a imprensa pode também observar e seguir esse exemplo, muito pela credibilidade de suas empresas, pela instituição imprensa e, no mínimo, pela segurança de seus colaboradores, pois a imprensa é feita de pessoas (que não deixam de correr riscos). Nesse sentido, a convivência pode ser profissional, libertadora e digna. Exceto para o avestruz que não sobrevive, já que insiste em ficar com a cabeça enterrada.
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Ewerton Monteiro é policial militar, bacharel em Direito, pós-graduando em Gestão em Segurança Pública e graduando em História

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Presidência da República lança edital para comprar três batedeiras pelo preço de R$7560,00

Presidência da República lança edital para comprar três batedeiras pelo preço de R$7560,00


Presidente da República, Dilma Rousseff.
Imagem: Divulgação
A Presidência da República lançou um edital em que estipula o valor de R$7560,00 para a compra de três batedeiras, segundo Radar On Line e Gazeta.

Tais batedeiras seriam destinadas a equipar as cozinhas do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto.

Por rápida pesquisa, o jornal Gazeta informou que não é possível encontrar, nas principais redes de varejo do país, aparelhos do gênero com valor superior a R$600,00. Em busca perpetrada por colaboradores da Folha Política, foram encontradas batedeiras de marcas tradicionais com valores entre R$41,00 e R$150,00.

Emergiu a hipótese de o edital referir-se a batedeiras industriais. No entanto, não houve esclarecimentos ou declarações a respeito da procedência da hipótese ou da necessidade das mesmas, caso esta hipótese esteja correta.

Após o lançamento do edital, a Presidência da República não se pronunciou oficialmente sobre os valores. Não se sabe a respeito do responsável direto pela elaboração e pela publicação do edital, tampouco se alguma medida será tomada.

Em episódio recente, tornou-se notória a compra, posteriormente cancelada, de 40 video-gamesSony Play Station 3 Slim 3D - pelo Governo do Distrito Federal, por valores que ultrapassam o dobro dos preços de mercado. Tais dispêndios ocorrem em um contexto de clamor popular pela moralização da política e pela profícua gestão dos cofres públicos.

Qual é a sua posição a respeito? Tais dispêndios representam, ainda que de modo simbólico e pontual, o modo como o dinheiro público é administrado e gerido nas mais diversas searas do poder? Podem representar apenas mal entendidos ou casos pontuais e de exceção? Manifeste sua opinião e contribua para o diálogo democrático.

Gabriel Marques.

Com informações de Gazeta e Radar On Line