quinta-feira, 28 de março de 2013

MENSAGEM DE UM CIDADÃO A RESPEITO DA AÇÃO DE UM POLICIAL NEM TUDO ESTA PERDIDO!


MENSAGEM DE UM CIDADÃO A RESPEITO DA AÇÃO DE UM POLICIAL NEM TUDO ESTA PERDIDO!

ACABO DE ENTRAR EM CASA E AINDA NÃO CONSEGUI ME RECOMPOR DO QUE OS MEUS OLHOS PRESENCIARAM. ESTAVA EU NA FILA DE UMA LANCHONETE AGORA A POUCO E ENTRA UM POLICIAL PROCURANDO PELA GERENTE DA LOJA E QUESTIONANDO SE ELA HAVIA CHAMADO 190. DE IMEDIATO ELA DISSE QUE NÃO. ELE ENTÃO PERGUNTOU SE HAVIA UM CAIXA QUE ELE PUDESSE SER PRONTAMENTE ATENDIDO POIS ESTAVA COM PRESSA DEVIDO A ESTAR ATENDENDO UMA OCORRÊNCIA. NA MINHA CABEÇA PASSOU: QUE DESCARADO, EU AQUI A TEMPOS NA FILA E ELE QUER SER PRONTAMENTE ATENDIDO, QUE ABUSO DE AUTORIDADE. EIS QUE QUANDO PEGO MEU LANCHE E ME SENTO VEJO UM OUTRO POLICIAL COM 3 CRIANÇAS MALTRAPILHAS QUE PEDIAM ESMOLAS NA PORTA DA LOJA. ENTÃO PARA MEU ESPANTO, O POLICIAL QUE QUERIA FURAR FILA CHEGA COM 3 PACOTES DA LANCHONETE NAS MÃOS, ENTREGA UM PARA CADA CRIANÇA, BEIJA CADA UMA DAS 3 CABEÇAS E DIZ: VÃO PARA CASA, ESTA AQUI O ALMOÇO DE VCS. DEUS OS ACOMPANHE E NÃO DEIXEM DE IR A ESCOLA!!! ENGOLI UM PEDAÇO DO LANCHE COM LAGRIMAS NOS OLHOS, LARGUEI O LANCHE NA MESA E SAI PARA CUMPRIMENTAR O POLICIAL MAS INFELIZMENTE NÃO HOUVE TEMPO. ANOTEI O NUMERO DE SUA VIATURA M-16511. MEUS PARABÉNS A ESTE HOMEM COM H MAIÚSCULO QUE NÃO PERMITIU QUE UMA FARDA OU UMA ARMA, NEM MESMO A TENSÃO E OS BAIXOS SALÁRIOS TIRASSEM DE DENTRO DELE O HUMANISMO E O CORAÇÃO.
NEM TUDO ESTA PERDIDO!!! SE PUDEREM, COMPARTILHEM POIS GOSTARIA QUE ESTE EXEMPLO CHEGASSE A TODOS OS PMS DE SÃO PAULO E DE PREFERENCIA AO COMANDO!!!
 DANIEL DAUD (autor da mensagem) - Blog da PMESP

terça-feira, 26 de março de 2013

Cabo da PM é preso por não prestar continência a tenente


Cabo da PM é preso por não prestar continência a tenente

O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE RONDÔNIA (ALE/RO), DEPUTADO EUCLIDES MACIEL (PSDB), INICIOU PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO PARA APURAR A DETENÇÃO DO CABO GOMES DA POLICIA MILITAR, ACUSADO DE NÃO PRESTAR CONTINÊNCIA AO TENENTE PM D. LUCAS, NO CORPO DA GUARDA DO 2º BATALHÃO DE POLICIA MILITAR (2º BPM), EM JI-PARANÁ.

O deputado Euclides Maciel esteve hoje (25) no Centro de Correição da Polícia Militar, em Porto velho, e ouviu o cabo Gomes. O policial relatou ao parlamentar que o fato que levou a sua detenção ocorreu na sexta-feira á noite, quando o tenente PM De Lucas entrou no 2º BPM e em determinado momento questionou o subordinado por não haver feito o cumprimento obrigatório quando da presença do superior hierárquico.
“Houve um momento de distração e tentei explicar, mas fui incompreendido”, disse o policial. Recusando a aceitar as explicações, o oficial determinou a detenção do cabo Gomes, que foi transferido para Porto velho e está respondendo a Inquérito Policial Militar (IPM). Ainda durante conversa com Euclides, cabo Gomes disse que no dia de sua detenção estava de serviço, mesmo sentido forte dores na perna em decorrência de ferimento ocasionando por acidente de transito, há vários dias.
Para Euclides Maciel houve uma falta de bom senso do oficial ao reagir e aplicar com rigor o que determina o regulamento disciplinar da PM. “Acredito que houve falta de sensibilidade do tenente, que além de não aceitar as explicações usou da sua prerrogativa para intimidar e manter detido um profissional que incorpora as fileiras da PM do nosso Estado há mais de 22 anos”, enfatizou Maciel.
Euclides disse que não há motivos para aplicar esse tipo de punição, pois o oficial teria que ter maturidade e avaliar a situação. “Para termos o respeito dos nossos subordinados e até mesmo dos nossos superiores, seja na caserna, na vida pública ou privada, precisamos conquistar nosso espaço, entender o ser humano e respeita-lo, conhecer as suas dificuldades e limitações e contribuir para que a harmonia prevaleça no ambiente de trabalho”, explicou Euclides.
Fonte: RONDONIAGORA

Comissão de Segurança aprova projeto que autoriza arma de choque para defesa pessoal


Comissão de Segurança aprova projeto que autoriza arma de choque para defesa pessoal

A Comissão de Segurança Pública aprovou o direito de o cidadão carregar arma de eletrochoque, o taser, para defesa pessoal. A proposta (PL 2801/11), do deputado Luiz Argôlo, do PP da Bahia, foi bastante discutida pelos integrantes da comissão. As armas de choque funcionam com contato direto ou por meio de dois raios. A intenção é deixar a pessoa incapaz de se mover. Diversos parlamentares lembraram que essas armas, hoje privativas de forças policiais e empresas de segurança privada, já provocaram mortes.
Para o relator, deputado Guilherme Campos, do PSD de São Paulo, o Estado não consegue dar segurança adequada ao cidadão e também não lhe permite acesso a armas de fogo. As armas de choque poderiam ser uma saída para essa situação, desde que devidamente registradas.
"A possibilidade de você ter uma alternativa que não seja uma arma de fogo. É uma arma menos letal. É uma arma que pode provocar a morte, pode. Da mesma forma que uma faca pode provocar a morte, um murro pode provocar a morte. É uma alternativa que é usada no mundo inteiro"
Mas para o deputado Nazareno Fonteles, do PT do Piauí, essas armas são um risco grande. Ele explicou que crianças, idosos, ou mesmo adultos em situação de vulnerabilidade, como uma doença cardíaca ou outra condição, podem morrer ao sofrer uma descarga desse tipo de arma. Ele também defendeu o desarmamento geral da sociedade como saída para o combate à violência.
A população de um modo geral deve ser desarmada porque se a gente arma todo mundo, a probabilidade que alguns estudos já mostraram - de ter violência, morte - é muito maior"
A proposta que permite que o cidadão comum use armas de choque para defesa pessoal ainda terá de ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça. Caso seja aprovada, será votada pelo Plenário.
Câmara Notícias

domingo, 24 de março de 2013

Mais uma polêmica no concurso da Polícia Civil


Mais uma polêmica no concurso da Polícia Civil

Após o edital do concurso para a Polícia Civil da Bahia provocar polêmica por envolver a virgindade das participantes, e o governador Jaques Wagner ter que intervir e determinar a sua revisão.  Eis que surge mais uma contestação por parte dos inscritos que se sentiram prejudicados com a mudança de data da realização das provas.


A previsão inicial era que o concurso fosse realizado no dia 7 de abril, mas com a reformulação do edital solicitado por Wagner, as inscrições que já estavam encerradas, foram reabertas e a data da prova transferida para o dia 28 do mesmo mês. Acontece que no referido dia escolhido pela Cespe/UNB, responsáveis pela organização da prova, já constava, previamente, a realização da 1ª fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A mudança, publicada no Diário Oficial do Estado de terça-feira (19), pegou advogados inscritos nas duas provas de surpresa e provocou manifestos. “Me inscrevi com a absoluta certeza de que poderia e teria plenas condições de participar das duas. Agora tenho que optar por uma ou por outra. Sendo que a polícia civil não sei quando terá um novo concurso e a OAB é o que garante a minha profissão”, reclama o concursando Carlos Amadeu.

Para a presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Cyntia Possidio, a data da prova da OAB já estava previsto e amplamente divulgado desde 2012. Ainda segundo Possidio o exame é unificado para todo o Brasil e não existe a possiblidade de mudança de data. “As pessoas que estão nessa situação, infelizmente, terão que optar qual a prioridade dela. Ou a OAB ou a Civil”.

Além do Exame da OAB, outra triste coincidência pegou de surpresa os inscritos para concurso para o juiz substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA), que também estava previamente prevista para a mesma data. Eles terão de optar pela dispensa dos R$ 217,00 pagos pela inscrição ou o reembolso do valor disponibilizado para a Civil.

Por meio de nota a Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) informou que o encontro de datas é resultado de uma "infeliz coincidência".  Segundo a Saeb a escolha da data segue sob a responsabilidade do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). A data de anúncio do resultado permanecesse inalterada.    

Paraná pode 'roubar' delegados do Estado de São Paulo


Paraná pode 'roubar' delegados do Estado de São Paulo

Associação de delegados está pagando até a inscrição de concurso no estado vizinho.
A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) vai pagar a inscrição, transporte e hospedagem de seus sócios para que eles prestem concurso para delegado no Paraná. O incentivo é uma forma de demonstrar a insatisfação quanto ao salário pago pelo governo de São Paulo, bem abaixo do estado vizinho.
O delegado de Pitangueiras, Luis Henrique Martin, já se inscreveu no concurso. Há 18 anos trabalhando na cidade, Luiz não recebe o salário inicial de um delegado do Paraná. “Depois de quase 20 anos na polícia de São Paulo, ganho R$ 7,5 mil. No Paraná, o delegado começa com mais de R$ 13 mil”, afirma.
Segundo o edital do concurso do Paraná, o salário inicial é de R$ 13.831,10. Em São Paulo, o valor publicado no último edital, em 2012, foi de R$ 5.495,30. “O pessoal está muito descontente com esse salário. Não tem cabimento um estado como São Paulo, com toda arrecadação que tem, ter o terceiro pior salário pra delegado do Brasil”, comenta Martin.
O baixo salário da Polícia Civil tem como consequência, segundo ele, a defasagem no quadro de funcionários. “Em Pitangueiras, por exemplo, deveria ter 26 policiais e só temos 16. O trabalho acumula e as investigações ficam atrasadas”, diz.
Segundo a presidente da Adpesp, Marilda Pinheiro, no último concurso em São Paulo foram chamados 135 delegados. Destes, 28 já desistiram. “Com a impossibilidade de se preparar um bom inquérito, o resultado é o aumento da violência. Não se chega à autoria, não prende, alimenta a impunidade, estimula a progressão criminal. A Polícia Civil está sucateada e esquecida e a sociedade é quem paga pela incompetência do governo”, afirma Marilda.
Além do aumento na remuneração, a associação reivindica uma progressão na carreira mais dinâmica.
Concurso
As inscrições para o concurso no Paraná vão até o dia 8 de abril. Para não sócios, a Adpesp reembolsará somente o valor da inscrição de R$ 100. A prova objetiva será no dia 5 de maio. (Jornal A Cidade).

sexta-feira, 22 de março de 2013

Câmara aprova aumento de até R$ 4.000 para cota parlamentar de deputados


Câmara aprova aumento de até R$ 4.000 para cota parlamentar de deputados

Deputados também vão receber reajuste de quase R$ 700 no auxílio-moradia
A administração da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (21), um aumento de 12% na cota parlamentar, o chamado "cotão". Além disso, os parlamentares vão ganhar um aumento de 23% no auxílio-moradia, que era fixo em R$ 3.000.
Com os reajustes, o cotão, que pode ser usado para compra de passagens aéreas e pagamento de postagem de cartas e ligações telefônicas, vai passar de R$ 23.033 para R$ 25.796 por mês para parlamentares do Distrito Federal — unidade da federação com o menor valor.
No caso de deputados do Acre, por exemplo, que estão mais distantes de Brasília, a cota passa de R$ 33.516 mensais para R$ 37.537 — um aumento de mais de R$ 4.000. 
Os deputados de Roraima, que têm direito ao maior valor do “cotão”, poderão usar R$ 38.369,52 — contra o valor de R$ 34.258,50 sem o reajuste. A diferença neste caso chega a R$ 4.111.
Já o auxílio-moradia, usado para pagar aluguel ou diárias de hotel no caso de deputados que não têm apartamento funcional em Brasília, vai passar de R$ 3.000 para R$ 3.690.
Os aumentos vão representar um gasto de R$ 22 milhões por ano no orçamento da Câmara dos Deputados.
Dessa forma, o impacto com o fim dos 14º e 15º salários, que foram extintos este ano da lista de benefícios dos deputados fica quase nulo. Isso porque,com o fim dos pagamentos dos salários extras, a Câmara reduziu R$ 25 milhões em despesas.
Mas, com o aumento das verbas para cotão e auxílio-moradia, a redução real será de R$ 3 milhões.
As medidas anunciadas fazem parte do plano da Câmara para redução de gastos. Em nota, divulgada nesta quinta-feira, a Direção-Geral da Casa ressalta a economia estimada em R$ 24 milhões com mudança no sistema de horas extras dos servidores.
Justificativa
A Câmara alega que o cotão dos deputados está defasado em 23% e que, o reajuste autorizado, de 12%, está em patamar inferior ao da inflação acumulada ao longo dos anos.
A mesma justificativa foi usada para explicar o aumento de 23% do auxílio-moradia, que, segundo os deputados, está defasado em 300%.
A estrutura da liderança do PSD (Partido Social Democrático), que foi criado em 2011, rendeu 66 cargos a mais na época e a criação de outros 30 para 2013. O custo estimado com esses novos cargos será de R$ 7milhões este ano.
Somando todos os cortes e reajustes, a economia total da Câmara está estimada em R$ 20 milhões por ano.
do R7, em Brasília

Prisco pede com urgência criação de Frente Parlamentar para segurança pública


Prisco pede com urgência criação de Frente Parlamentar para segurança pública

O vereador soldado Prisco (PSDB) requereu nesta terça-feira (19.03) a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Segurança Pública em Salvador. "Este é um tema que deve ser tratado em caráter de urgência", declara. Conforme infomações Ascom / vereador Prisco.
 
Segundo Projeto de Resolução encaminhado, cabe a frente "apoiar e desenvolver ações em defesa da população soteropolitana; fiscalizar e denunciar problemas na segurança pública municipal; apresentação de Proposições legislativas municipais de interesse à defesa da população de Salvador e participar e promover discussões de interesse da segurança pública no município", diz documento.
 
O projeto prevê que Frente Parlamentar, de caráter suprapartidário, seja composta, por, no mínimo, um(a) representante de cada partido político com representação na Câmara Municipal de Salvador, e por todos(as) os(as) demais vereadores(as) que a ela aderirem.
 
De acordo com o vereador, o projeto prevê que as reuniões sejam publicadas, realizadas na periodicidade e local estabelecidos por seus integrantes."O debate segurança pública deve ser aberto para a população por isso incluimos um artigo que prevê que as reuniões da Frente Parlamentar devem ser de livre acesso ao cidadão", explica.
 
Dados
 
De acordo com dados trazidos pelo vereador, entre os estados que apresentaram as mais altas taxas de homicídios estão Alagoas com 55,3, Espírito Santo com 39,4, Pará com 34,6, Bahia com 34,4 e Paraíba com 32,8. 
 
Pará, Alagoas, Bahia e a Paraíba estão entre os cinco estados também que mais sofreram com o aumento da violência na década. No Pará, o número de assassinatos aumentou 307,2%, Alagoas 215%, Bahia 195% e Paraíba 184,2%. Neste grupo está ainda o Maranhão com a disparada da matança em 282,2% entre o ano 2000 e 2010. 
 
Ainda segundo dados do Centro de Estatística Policial (CEDEP) da Secretaria de Segurança Pública (SSP), entre os anos de 2010 e 2012, 4.746 pessoas foram assassinadas somente em Salvador. "Observamos uma média de 20 a 30 homicídios somente em Salvador e RMS por final de semana. É preciso que esta Casa abra um amplo debate sobre o tema", explica.

Após polêmica, 'caveira' é retirada da farda do Bope da PM da Paraíba


Após polêmica, 'caveira' é retirada da farda do Bope da PM da Paraíba

O uso da caveira como símbolo do Bope gerou protestos do Conselho Estadual de Direitos Humanos e um discurso àspero do deputado Luiz Coputo (PT), na tribuna da Câmara Federal
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar da Paraíba (Bope) está proibido de usar, em sua farda, o símbolo do punhal encravado numa caveira. A determinação deve ser publicada no boletim interno da PM que circulará nesta sexta-feira (22), mas os integrantes do Bope já retiraram o emblema de suas fardas nesta quinta.
O uso da caveira como símbolo do Bope gerou protestos do Conselho Estadual de Direitos Humanos e um discurso àspero do deputado Luiz Coputo (PT), na tribuna da Câmara Federal. A polêmica ficou ainda mais acirrada depois da quinta-feira passada (14), quando, durante a comemoração do primeiro ano de aniversario do Batalhão Especial da Polícia Militar da Paraíba, o comandante geral da PM, coronel Euller Chaves, vestiu o uniforme preto com o símbolo.
Durante a solenidade foi hasteada uma bandeira preta, ostentando o desenho do punhal cravado na caveira, juntamente com a bandeira nacional e a bandeira do Estado da Paraíba. A solenidade ocorreu em frente ao comando geral da PM, na praça Pedro Américo, centro de João Pessoa.
Em carta pública, o comandante do Bope, major Jerônimo Pereira da Silva Bisneto, defende o uso do símbolo. "O Estado Democrático de Direito deve ser preservado e aplicado a todos dentro do território nacional e, isso implica que também nós, policiais militares e policiais do BOPE, devamos ter nossos direitos preservados, direitos a pensar, a seguir convicções filosóficas e continuar acreditando que a 'faca na caveira' significa a vitória da vida sobre a morte, com sabedoria, poder, força e invencibilidade frente à criminalidade", argumenta.
O deputado Luiz Couto (PT) havia ocupado a tribuna da Câmara Federal, na segunda-feira (18), para denunciar que o comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, estaria desobedecendo determinação do governador Ricardo Coutinho.
Na opinião do deputado, o coronel queria implantar o símbolo da caveira na instituição.
Couto disse que apesar do governador já ter se pronunciado, por mais de uma vez, que não aceitaria o uso desse emblema na polícia, há, segundo ele, registros de que o coronel Euller utilizou o símbolo durante uma solenidade, em que estava vestido de preto, e ainda gritou o nome ‘caveira’ com o microfone na mão em plena praça diante do público. “Isso precisa ser analisado com mais profundidade”, defendeu o parlamentar.
Luiz Couto destacou que as entidades defensoras dos direitos humanos na Paraíba manifestaram, em
documentos entregues ao comandante geral e ao governador Ricardo Coutinho, o repudio aos crimes de apologia e defenderam o cumprimento da Resolução Ministerial nº 8, de 20 de dezembro de 2012, art. 2°, inciso XVII.
Couto pediu que as autoridades da Paraíba analizassem os documentos e que cumprissem "as determinações das resoluções ministeriais na forma de acolhimento ao clamor público”.
O deputado federal considerou que os policiais que "aderissem à essas atrocidades, que sejam punidos conforme a lei”., completou.
Para os integrantes do Conselho Estadual de Direitos Humanos, é motivo de preocupação não apenas o uso de caveira como símbolo, mas também de figuras "de animais raivosos, jargões em músicas ou jingles de treinamento que fazem apologia ao crime e à violência, com a escusa de que os policiais se sentem mais estimulados para o trabalho".
Eles protocolaram junto ao quartel do comando geral da PM da Paraíba a resolução ministerial nº 08, de 21 de dezembro de 2012, que orienta as Polícias a não utilizarem tais símbolos. "Entendemos que esta permissividade contraria princípios constitucionais, tratados de direitos humanos e a Resolução Ministerial acima mencionada, afrontando o Estado Democrático de Direito. É sabido que a violência impregnada nesses símbolos e práticas desumaniza os trabalhadores da Segurança Pública que acabam manifestando o ódio e a raiva apreendidos no tratamento dispensado à população jovem, negra e mais pobre do Estado, além de contrariar a política de segurança em voga pela Secretaria de Segurança Pública do Estado da Paraíba e do Governo do Estado da Paraíba", enfatizaram os integrantes dos Direitos Humanos.
O major Bisneto, comandante do Bope, rechaça a ideia de que a caveira e o punhal remetam à apologia ao crime. "Em nosso escudo nada há de apologia ao crime e a violência, pois esta última manifesta-se de várias maneiras: em guerras, conflitos religiosos, étnicos, preconceito, discriminação, fome, miséria, contra a mulher ou contra a criança", defende-se na carta.

 Eis a carta do comandante do Bope, na íntegra: 

“Caveira do BOPE: símbolo da sabedoria, do poder, da força e da invencibilidade da polícia militar frente à criminalidade e a violência no Estado”
Desde os primórdios da humanidade há diversos entendimentos quanto aos símbolos e seus significados. O termo “símbolo” tem origem no grego e sendo um signo é sempre algo que representa outra coisa ou alguma coisa para alguém. Os símbolos estão em diversas áreas da vida em sociedade, na  comunicação entre os indivíduos, povos e nações, além de abastecerem as práticas religiosas, espirituais, metafísicas, filosóficas e etc. Em se constituindo um elemento essencial no processo de comunicação encontra-se bastante difundido no quotidiano. Nesse argumento, alguns símbolos são reconhecidos internacionalmente, outros nacionalmente e por fim, alguns só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto (religioso, cultural, filosófico, etc).
A representação específica para cada símbolo será o resultado de um processo natural ou convencionada para que o receptor, uma pessoa ou grupo delas, consiga interpretar seu significado e sua conotação. A semiologia e semântica se encarregam desse papel.
Um dos símbolos mais mal interpretados em nossa sociedade é justamente o símbolo da “Caveira”, que decodificado, por alguns, estaria associado à morte, a letalidade ou perigo de vida. Para que possamos esclarecer essa decodificação e descortinar essa ignorância sobre a heráldica do BOPE, não só da nossa Briosa, mas de todas as coirmãs que ostentam a Caveira como broquéis em suas bandeiras ou flâmulas e em suas fardas, analisamos que o ser humano em morte, ao se decompor, apresentará apenas ossos e dentes, essa seria a morte física, carnal, que tanto entrelaça a figura da Caveira com a morte. Contudo, lembremos que em vida, ela, a caveira, nos oferece sustentação, dureza e proteção para o corpo físico. E precisamos muito dessa sustentação. A caveira, em sua observação metafísica, representa uma grande mudança na vida, onde talvez a morte fosse a maior delas. Um novo ciclo. É um símbolo que nos remete a pensar que estamos aqui de passagem, em caráter transitório, pela vida, nos mostrando que todos somos iguais por dentro, não temos sexo, cor, classe social, preferências sexuais, raça, idade, ou quaisquer outras formas discriminatórias, o que nos remete ao nosso Preâmbulo Constitucional e Princípios Fundamentais, em seus Artigos 1º e 3º , em nossa Lei Maior, estruturando e fundamentando o Estado Democrático de Direito.
O primeiro BOPE – Batalhão de Operações Especiais foi criado, no Brasil, em 1978, com o nome inicial de “Núcleo da Companhia de Operações Especiais”, pelo Tenente-coronel da PMRJ Paulo Amêndola, que explica que o símbolo representa “vitória sobre a morte”. Essa simbologia, a Caveira, é utilizada em praticamente, todos os Batalhões de Operações Especiais, com essa mesma representação e decodificação.
Em algumas culturas, a Caveira também significa poder, força e invencibilidade. Em nosso Estado, há um ano foi criado o Batalhão de Operações Especiais, através da LC nº 87, de 03 de dezembro de 2008, adotando em sua Heráldica o Escudo Português Clássico nas cores cinza e preto, representando o sigilo das operações especiais e a disposição de operar em atividades rotineiras ou em missões inóspitas e intempestivas, tendo ao centro a figura de uma Caveira (crânio) que simboliza a inteligência e a coragem de um guerreiro, bem como o desprendimento pessoal para cumprimento de suas atribuições. Essa Caveira está cravada com a espada da justiça de baixo para cima, simbolizando “a vitória da vida sobre a morte”, e ao fundo o mapa do nosso Estado que representa nossa área de atuação e com a Caveira a sua frente simbolizando que este Batalhão cuida, zela, vela e protege todo o Estado da Paraíba, não devendo, portanto, ter a simbologia de seu escudo associado a símbolos ou apologias ao crime e a violência, mas sim, a imagem de uma Unidade Militar pronta para servir e proteger a sociedade paraibana, posto que robustecendo esse escudo encontra-se o lema de “preservar vidas e aplicar a lei”.
A expressão “faca na caveira” remete ao fim da Segunda Guerra Mundial, onde após um combate, um Oficial inglês, ao ter conseguido invadir um Quartel de Comando Alemão Nazista e dominar suas tropas, encontrou sobre a mesa de um Oficial auxiliar do ditador Adolf Hitler, uma caveira e cravando o seu punhal sobre ela, ostentou o lema da “vitória da vida sobre a morte”, morte essa, que era disseminada nos campos de concentração atestando toda história que já nos é conhecida.
Nossa Briosa e nosso Batalhão tem conhecimento da Resolução 08-2012, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que após suas considerações RECOMENDA, dentre outros itens: “XVII - é vedado o uso, em fardamentos e veículos oficiais das polícias, de símbolos e expressões com conteúdo intimidatório ou ameaçador, assim como de frases e jargões em músicas ou jingles de treinamento que façam apologia ao crime e à violência”, ora... vimos no inicio desse documento que os símbolos são codificados por pessoas e decodificados também por estas, logo, sua interpretação será também influenciada por seus princípios, convicções sociais, políticas, filosóficas e etc.
Para nós, policiais militares, a Caveira simboliza poder, força e invencibilidade. Um poder que segundo a Sociologia é a habilidade de impor sua vontade sobre os outros, sendo essa vontade, não a nossa como pessoa física, mas sim a vontade da lei a que nos defende o Art. 144 da CF. A força que nos representa a superação do treinamento e do rigor da vida policial militar, além do Estado forte a que representamos, em seus diversos campos, a exemplo do político, com o próprio nome da capital, ao campo poético e literato como o destacado Augusto dos Anjos e outros nomes nacionalmente reconhecidos e, por fim a invencibilidade de nossa Caveira, simbolizando que a Polícia Militar deve ser invencível frente à criminalidade em nosso Estado.
Em nosso escudo nada há de apologia ao crime e a violência, pois esta última manifesta-se de várias maneiras: em guerras, conflitos religiosos, étnicos, preconceito, discriminação, fome, miséria, contra a mulher, contra a criança, o idoso e enfim... esse termo é oriundo do latim “violentia” que significa violação, que se tratando de direitos humanos, a violência abrange todos os atos de violação dos direitos: civis (liberdade, privacidade, proteção igualitária); sociais (saúde, educação, segurança, habitação); econômicos (emprego e salário); culturais (manifestação da própria cultura) e políticos (participação política, voto). Logo, esses são direitos que protegemos todos os dias nas ruas do nosso Estado. Não obstante a essas acusações infundadas, deve-se observar que a Caveira do BOPE não faz apologia ao crime, pois sendo esse um fato típico, de um comportamento humano que provoca, em regra, um resultado, previsto em lei penal como sendo uma infração, e que será penalizado pelo braço punitivo do Estado, não se aplicando a essa simbologia.
Dessa forma, o escudo do BOPE da PMPB, não contraria o item XVII – da Resolução 08-2012, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, pois não remete a crime e nem a violência, sob ótica de comandantes e comandados deste Batalhão, pelo já exposto. Que sobre Direitos Humanos os militares do BOPE – PMPB, estão sempre em contato e cumprimento com os tratados internacionais ratificados pelo Brasil, e em seu corpo de Oficiais e Praças há militares habilitados, com cursos na área específica, inclusive com um integrante do Conselho Estadual de Direitos Humanos, o 1º SGT Astronadc Pereira de Morais, membro e partícipe da causa de defesa dos direitos do homem e da dignidade da pessoa humana nesse Estado e que inclusive, trabalha no GATE – Grupo de Ações Táticas Especiais, Companhia do BOPE, desde de 1998, ou seja, há 15 anos, que veste a farda do GATE, agora BOPE, com seu escudo de Caveira e que em nada adjudica de apologia ao crime ou a violência, nem tampouco de conteúdo intimidatório ou ameaçador. Nota-se aqui que esse Batalhão e seu escudo não devem ser motivos de preocupação ou repúdio como destacou os militantes do ajuizado Conselho, posto que se dessa forma o fosse como se explicaria um membro militante do seu próprio Conselho vestindo-a diariamente em suas atividades.
Quanto a gritar em praça pública “CAVEIRA”, como se expos o documento, nos referimos ao que todas as Unidades Militares do Brasil fazem durante as formaturas ao ser dado o Comando de “A vontade”, ou “Fora de Forma”, que diga-se bradar ao que se refere o escudo do seu Batalhão. Sendo mais claro: o Batalhão do Exército de Guerra na Selva, brada “SELVA”, as Unidades-Escolas bradam “ACADEMIA” ou “CFAP”, o Batalhão Ambiental brada “Operações Ambientais” e assim sucessivamente.
Quanto à leitura da Resolução em questão, fica óbvio que já tínhamos conhecimento e que não nos postamos contra a mesma, contudo, não estamos em desacordo com ela, como já foi explicitado anteriormente.
Quanto à polícia que esse Conselho de Direitos Humanos deseja, esperamos que seja a mesma que nós, integrantes do BOPE, trabalhamos todos os dias com afinco para construí-la, uma polícia cumpridora de suas atribuições constitucionais, com respeito à dignidade da pessoa humana, como princípio fundamental, além de tratamento igualitário á todos e sem distinção, nos termos da CF, ajudando o Estado e a nação a construírem uma sociedade livre, justa e solidária, mantendo a ordem, a paz e repudiando processos discriminatórios.
Por fim, o Estado Democrático de Direito deve ser preservado e aplicado a todos dentro do território nacional e, isso implica que também nós, policiais militares e policiais do BOPE, devamos ter nossos direitos preservados, direitos a pensar, a seguir convicções filosóficas e continuar acreditando que a “faca na caveira” significa a vitória da vida sobre a morte, com sabedoria, poder, força e invencibilidade frente à criminalidade.

JERÔNIMO PEREIRA DA SILVA BISNETO – MAJ QOC
Comandante do BOPE